22/03/2012

Inglês

Desde pequena que tenho contacto com o inglês, ainda antes de ter entrado na primária. Fui para uma escola praticamente desconhecida, que depois acabou por ir à vida, onde, pronto, nos devem ter mostrado o inglês pela primeira vez nas nossas vidas. Acho que foi o meu pai que me quis pôr lá. Uns antepassados dele, e ainda uma família actual, viveu na América, e esta é a razão de eu ter um apelido estrangeiro em vez de português. Mas não nasci na América nem na Inglaterra, como pensavam alguns colegas meus. Portanto, quando fui para o quinto ano, já estava em vantagem em relação à maioria dos meus colegas. O inglês foi a minha disciplina favorita durante anos, porque o achava facílimo e não precisava de estudar nada, apenas dar uma vista de olhos nas coisinhas de gramática. Quando era para fazer as composições, não sei, às vezes parecia que a caneta escrevia sozinha. Fazia-o cá com uma facilidade...nem sequer tinha que pensar nas coisas em português e depois traduzi-las. Também quando jogava videojogos percebia tudo perfeitamente. Era tudo tão claro.
Agora de repente lembrei-me da conversa de uma das profs de anatomia no semestre passado: "Aconselho-vos a comprar o livro em inglês, não só porque é mais barato, como também serve para praticarem o vosso inglês. E não façam essas caras. Vejam bem, vocês ouvem músicas em inglês, vêem filmes em inglês, sabem falar inglês, então não há problema se lerem em inglês, pois não?". E eu a pensar "Sim, filha, vou mesmo seguir o teu conselho. Quero ter a vida facilitada, em vez de estar a traduzir as coisas e perder o dobro do tempo a estudar. Tenho que arranjar esta treta em português." Claro que arranjei. E claro que não paguei um preço absurdo. Não comprei o livro original, obviamente. No que depender de mim, não vou comprar livros originais para a faculdade. Há sempre alternativas. Neste caso, arranjei fotocópias, e saíram-me baratíssimas.
A verdade é que detesto ler textos em inglês, textos muito longos, entenda-se. Não sei porquê, mas confundem-me toda. Até quando leio alguns simples estados do Facebook escritos em inglês fico meia confusa; tenho que os ler várias vezes até fazerem sentido. Às vezes nem chegam a fazer sentido. Mas, pensando bem, até aquelas frases super filosóficas em português que metem no Facebook não me chegam a fazer sentido. Não são coisas nada claras como as falas dos personagens nos videojogos. Ou se calhar até podem ser, mas os videojogos eram bem mais interessantes e eu ficava completamente fascinada e embrenhada neles.
Agora estou condenada a ler artigos científicos e estudos em inglês. Não gosto nada. Parece que não percebo nada, por causa daqueles termos todos técnicos que usam, e tenho que ler certas coisas mais do que uma vez. Para além de perder aquilo que me parece ser o dobro do tempo que perderia se lesse as coisas em português, começo a perder a paciência quando vejo que ainda não saí da mesma página e que ainda me faltam umas quantas. Uma pessoa nem está num curso de letras e ainda é obrigada a fazer traduções... Não sei por que é que isto me acontece, e até é uma coisa estúpida pensar que sempre fui boa a inglês e que sempre o considerei bastante fácil, para agora ser um sacrifício ler artigos e estudos nessa língua...

2 comentários:

  1. Eu adoro inglês! Desde a primária que tenho aulas e sempre foi das disciplinas que tive mais facilidade. Hoje continua a ser uma das minhas paixões. Até já pensei em tirar um curso de inglês na faculdade ou algo relacionado com estudos anglo-americanos ou algo do género. É a única disciplina em que não estudo nada e tenho grandes notas.

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  2. Inglês é a minha disciplina favorita, mas acredito que isso que estejas a estudar seja mais complicado!

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