19/12/2012

A magia do Natal


Acreditei no Pai Natal durante anos, assim como a minha irmã e os meus primos. Foi algo que os nossos pais, tios e avós sempre nos incutiram. Sempre nos fizeram acreditar naquela magia natalícia, e foi isso que tornou os natais da nossa infância tão especiais. Mesmo quando alguns dos meus colegas do colégio, armados em espertos, diziam que o Pai Natal não existia e que os pais é que compravam as prendas todas, eu e mais outros defendíamos a existência daquele personagem o melhor que podíamos.
Um dia, tinha eu dez anos, estava com a minha mãe a lanchar um gelado no centro comercial, quando ela, directa, me diz que o Pai Natal não existe. Lembro-me como se tivesse sido ontem. E a única coisa que me saiu foi Então de onde vêm as prendas?. Nunca tinha desconfiado de nada, nem mesmo quando os espertinhos de alguns dos meus colegas me tentaram convencer daquilo.
Com o tempo, também a minha irmã e o meu primo souberam deste facto, e agora é super engraçado ver os meus primos mais novos a acreditarem no Pai Natal. Dá um ar tão mágico aos nossos Natais o facto de os ver tão ansiosos pela hora das prendas, de irem várias vezes à janela ver se avistam o trenó a cruzar o céu, e o seu ar de surpresa quando ouvem o som de um sininho a anunciar a chegada dos presentes. Foi o que sempre fizemos aqui em casa. Quando eu e os outros éramos mais novos, fazíamos exactamente as mesmas figuras. De repente, ouvíamos um sininho e lá íamos descer as escadas para casa dos meus avós (não vivo num prédio, mas é como se fosse...um mini prédio). Íamos para a sala, que estava às escuras. Mas podíamos ver uma silhueta a colocar o último presente no meio da sala antes de a abandonar. Ficávamos sempre à porta da sala, pois diziam-nos que o Pai Natal não podia saber que ali estávamos a observá-lo, porque, caso contrário, fugia com os presentes todos ou coisa parecida. Assim que ele desaparecia misteriosamente pela lareira acima, acendíamos as luzes para nos depararmos com uma sala cheia de prendas por todo o lado. E ainda víamos que o leite e as bolachas que tínhamos deixado tinham sido comidos. Mal sabíamos nós que aquele suposto Pai Natal era um familiar nosso que outrora tinha estado connosco a jantar, mas que, com toda a euforia, nem dávamos pela sua ausência.
E ainda hoje assim é. Mas estão todos a crescer. Dois dos meus primos mais novos já têm dez anos, a "idade da verdade", pelo que já devem saber de tudo. Resta o mais novo da família. Tem seis anos, o que quer dizer que a "tradição" não vai durar muito mais anos - a não ser que se alimente a fé do rapaz durante anos e anos, ahah. A partir daí, não terá a mesma piada, pois resumir-se-á a uma troca de prendas numa sala já iluminada e com as prendas todas à vista. Vai ser estranho. Mas, ao mesmo tempo, será engraçado recordar estas memórias.

Em relação ao post anterior, bem, não chegámos a fazer a "árvore" que tínhamos pensado fazer. A nossa ideia era esta:


Mas, como ainda tínhamos que comprar materiais e como o dia se estava a aproximar, optámos pela árvore tradicional, que foi feita esta tarde. Fica para a próxima.

7 comentários:

  1. gostei muito dessa ideia :) pode ser que para o ano consigas :P

    ResponderEliminar
  2. O meu natal na infancia tambem era muito parecido ao teu, o meu avõ mandava-nos por o sapatinho perto da chaminé e depois e meio danoite sem nós darmos conta lá ia ele por os presentes ao pe do sapatinho de cada um, e depois lá tocava o sino e íamos todos curiosos para ao pé da chaminé da cozinha, o meu primo era sempre o ultimo pois tinha medo de ver o pai natal...era tão engraçado, depois de saber a verdade perdeu a piada. Mas este ano vamos ser muitos aqui em minha casa e como tenho irmãos e primos pequenos vamos voltar a fazer o mesmo e acho que vai ser muito giro.

    ResponderEliminar
  3. Tenho saudades do tempo em que acreditava no Pai Natal! Acho que me fui apercebendo gradualmente que ele não existia mas ainda hoje gosto de ver os meus sobrinhos a escrever cartas e esperar ansiosamente pela chegada do Pai Natal :)

    ResponderEliminar
  4. Para o ano tentas essa :)

    Eu fui-me apercebendo da inexistência do Pai Natal com o passar dos tempos mas há miúdos que têm mesmo aquele "choque" por lhe dizerem que afinal não existe... Eu acho tão engraçado vê-los a escrever a cartinha :)

    ResponderEliminar
  5. Natal realmente é família, e não tenho palavras para explicar quando chega a ‘sua hora’ de guardar os presentes para os seus filhos e trazendo a ‘magia’ do bom e velho Noel!
    A propósito, aceite meu convite e venha ver o texto de número 292 de minha literatura amadora. >>> HEMATÓFAGO no http://jefhcardoso.blogspot.com lhe espera. Abraço!

    ResponderEliminar
  6. Estas arvores estao mesmo originais ! :p
    para o ano vou fazer uma assim :p

    ResponderEliminar
  7. Adorei esta ideia para a árvore :D mas deve dar um trabalhão!

    ResponderEliminar