13/10/2013

Picuinhas

Os trabalhos que tenho que fazer para a faculdade valem sempre uma pequena percentagem da nota final. Não valem, portanto, o trabalho que me dão a fazer. No entanto, isso não é motivo para eu me desleixar e fazer algo "à baldas". Quero sempre fazer o melhor que posso, seja num trabalho de grupo, seja num individual. Não sou apologista de apresentações de Powerpoint com fundo branco e letras pretas, nem com quantidades exgeradas de texto. Prefiro ser a que se destaca pelas cores e os esquemas que utiliza e a que é elogiada pelo modo como apresenta. Um Powerpoint pode, no meu caso, demorar umas duas horas a ser feito, mas tomei-lhe o gosto. E, mesmo que a nota que obtenha conte pouco para a nota final, prefiro olhar para o meu trabalho com orgulho e a achar que ficou bom em termos estéticos, do que em fazer algo completamente ao calhas e à pressa só porque não vale quase nada ou porque não tenho paciência. Porque, se assim é, fico com remorsos. Achando que podia ter feito muito melhor. Para além de que fazer algo do qual nos orgulhamos faz com que os outros tenham outra ideia de nós. E o mesmo se aplica a trabalhos escritos. Pontuação, escolha de palavras, formatação - tudo tem que estar minimamente perfeito. Tudo tem que estar de tal maneira de modo que, quando olhar para ele, me orgulhar daquilo que fiz.
A nota pode não valer muito, os temas podem não ser os mais interessantes do mundo e posso passar horas à volta dos trabalhos, mas não fico satisfeita enquanto não olhar para eles e disser Está perfeito. Sou mesmo assim: se tenho que fazer alguma coisa, então tenho que dar o meu melhor. Posso ser demasiado piquinhas ou dar muita importância a coisas que não valem metade do esforço que lhes dedico, mas não ficar satisfeita com o resultado final é meio caminho andado para o fracasso. Pelo contrário, ser elogiada por ter um trabalho bem feito e receber uma boa nota no fim, mesmo que esta só conte vinte ou trinta porcento da nota final, é gratificante.
Mas, bem, às vezes penso que seria bem mais feliz se dedicasse à escrita todo o tempo que passo à volta destes trabalhos. Tenho saudades de escrever. No entanto, depois de tanto tempo a olhar para uma folha de Word e a digitar frases para um trabalho qualquer, fico sem qualquer paciência para fazer o mesmo, ainda que com uma finalidade totalmente diferente.

7 comentários:

  1. Acho que fazes muito bem, pode não valer muito, mas vale sempre qualquer coisa e pode sempre fazer a diferença entre teres um 9 ou um 10, ou outra qualquer nota

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  2. "(..) prefiro olhar para o meu trabalho com orgulho e a achar que ficou bom em termos estéticos, do que em fazer algo completamente ao calhas e à pressa(...)" é mesmo isto, concordo plenamente ;)

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  3. Eu sou exactamente como tu a fazer os trabalhos :)

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  4. Fazes tu bem!
    Eu costumo optar pelo fundo branco e letra preta para ser simples e não distrair as pessoas do essencial que é o conteúdo do powerpoint e o que está a ser apresentado.

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  5. Agora fiquei curiosa... quero ver um PPT teu. Sabes, começo a achar que somos muito semelhantes: tal como tu, sou bem picuinhas nas minhas apresentações e toda a gente diz que não se liga ao design - enervae tal! - mas a verdade é que os professores ficam sempre surpreendidos e a mensagem passa muito melhor.
    O que importa é fazer o melhor, o que nos dá prazer.
    R: Sabes... o engraçado é que mesmo publicando um post sobre quem nunca lê o que se escreve, houve comentários que nada tem a ver com o que foi dito. Ironia das ironias.

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  6. Eu também sou assim a fazer trabalhos

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  7. Sou igualzinha a fazer trabalhos assim :')

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