31/10/2014

Do dia das bruxas: o antes e o agora

Não sei se aqui no continente - forma como o pessoal das ilhas se refere a Portugal continental - existe alguma tradição para este dia, mas, no meu bairro - ou melhor, no bairro em que sempre vivi e no qual agora só vivo em períodos de férias -, há, desde que me lembro, o costume de se ir bater às portas dos vizinhos para pedir doces. Toda a gente naquele bairro sabe que a história se repete todos os anos, pelo que já têm uns rebuçados ou uns chocolates separados para quando lhes baterem à porta, embora alguns - poucos deles - optassem sempre por não abrir a porta. Eu fazia isso quando era miúda, o ir de porta em porta com algum adereço típico do dia das bruxas - normalmente um chapéu de bruxa. Tinha a sua piada, e até o facto de, alguns anos mais tarde, acompanhar os meus primos mais novos, juntamente com a minha irmã e o meu primo mais velho, teve, igualmente, a sua piada. Acho que isto, até, teve ainda mais piada do que quando éramos nós três a pedir doces.
Antes disso, contudo, havia sempre jantar de família, uma vez que celebrávamos um aniversário, e éramos constantemente interrompidos por grupos de miúdos que batiam à nossa porta a pedir doces. Ficámos habituados a isso. Mas, com o passar dos anos, não pude deixar de reparar que os grupos de miúdos eram cada vez mais pequenos e que cada vez vinham menos miúdos. Hoje, penso que isto ainda se mantém, mas devem ser muito poucos os que o fazem.
Durante todos estes anos, os meus dias das bruxas foram sempre passados desta forma. Nunca fui a uma festa de Halloween ou assim, mas não me queixo, apesar de tudo. Era um dia normal, um dia em que mais uma pessoa da família fazia anos e em que havia mais um jantar com comidinha boa, mas que tinha a parte engraçada de se percorrer o bairro na calmaria da noite, em que era raro o ano em que não acontecia um episódio mais caricato para me rir e mais tarde recordar.
É por estar tão habituada a passar o dia das bruxas desta maneira, que não me vejo a passá-lo de outra. Agora, não estando em casa nesta altura do ano, teria liberdade para ir a festas de Halloween e outras coisas que tais, mas, verdade seja dita, eu não sou pessoa de festas, pelo que passo um dia ainda mais normal do que aquele que passaria na minha terra. Se bem que um jantar de família até calhava bem, agora...
Tinha pensado em (re)ver a fofura de filme que é o The Nightmare Before Christmas, mas, uma vez que estou com uma ligeira dor de cabeça e que tive uma semana de doidos em que acordei todos os dias antes das sete - excepto na quarta-feira -, sinto-me tentada a embrulhar-me num sono longo e reparador.

28/10/2014

Semanas de doidos

As próximas semanas vão ser de doidos, a começar já por esta. Apresentações que me vão obrigar a levantar da cama às seis da manhã, de modo a estar no local a horas; diversos seminários para ir; um teste e entregas de trabalhos; trabalhos para fazer em grupos de dez pessoas ou mais; arranjar tempo para continuar a estudar e a fazer os apontamentos do costume. Se ainda tivesse conseguido inscrever-me num curso de introdução ao desenho digital - já não havia vagas...snif -, seria mais uma coisa a acrescentar e a ocupar os próximos dias. Mas, para isso, iria com todo o gosto.
Dito assim, nem parece ser tanta coisa, mas olhar para a minha agenda assusta-me. A isto, acrescem as constantes chatices e desentendimentos com certos membros de um grupo de trabalho, que são capazes de me stressar ainda mais; e, claro, a árdua tarefa de escolher um orientador para o trabalho de final de curso. Tenho alguns em mente, mas, mesmo assim, estou demasiado confusa para escolher, principalmente por não ter ideias para temas, o que à partida fará com que me sinta forçada a sujeitar-me ao primeiro tema que me sugerirem.
Coisas da faculdade à parte, no próximo mês há dois concertos para ir e pessoas, que não vejo há muito tempo, com quem estar. E é isso que permite manter a minha sanidade. Bem, isso e o facto de ter prometido a mim mesma uma tarde só para mim um dia destes, em que possa dar-me ao luxo de não pensar em nada. E de passar pela Spirito para comer algo gostoso.

26/10/2014

Facto #24

Adoro fazer planos com ele. Pelo menos sei que irão em frente. Com as outras pessoas que conhecemos, pelo contrário, é muito comum ver os planos a irem por água abaixo, uma vez que nunca dão uma resposta concreta e, chegada a hora de pôr o plano em prática, qualquer desculpa é válida para desistirem. Mas ele não é assim, tal como eu. Quando dizemos que sim a uma coisa, fazemos essa mesma coisa; quando planeamos algo, é porque queremos esse algo e fazemos os possíveis para o conseguir. É por isso que ele é das únicas pessoas com quem posso contar.

23/10/2014

Eu já quis ser alguma coisa

É incrível como as séries influenciam tanto a nossa vida. Especialmente em termos de perspectivas de futuro.
A primeira série que comecei a seguir foi o CSI:NY, e lembro-me perfeitamente de como fiquei fascinada. Comecei a ver um episódio numa noite em que a televisão estava acesa e não tive paciência para mudar de canal, e bastaram-me cinco minutos - se tanto - para me decidir a manter-me naquele canal. Eu tinha mesmo de saber como é que aquela pessoa tinha morrido.
Depois deste, vieram mais e mais episódios, a ponto de adorar aquela série. Mesmo tendo a noção de que, na vida real, as coisas não seriam daquela maneira, assistia aos episódios a desejar ser uma CSI como as personagens e usar a ciência para fazer algo tão espectacular como descobrir um assassino e uma causa de morte. Algum tempo mais tarde, a parte laboratorial da coisa passou a ficar em segundo plano para mim, pois surgiu o interesse pela parte que me parecia ainda mais espectacular: o acto de examinar um cadáver. Sim, podem dizer que é nojento ou mórbido e podem franzir o nariz; já estou habituada a que a maioria das pessoas faça isso. Mas sim, eu queria ser uma médica legista.
Contudo, não sei ao certo o que me aconteceu no meu décimo-segundo ano. Perdi o interesse. Dizia que não queria ir para medicina porque eram demasiados anos a estudar e porque a nota do exame de físico-química nunca me deixaria entrar naquele curso - para além de estar um bocado cansada do "estereótipo" de que os bons alunos tinham que ir para medicina. Não melhorei a nota, pois detestava a parte da física e não tinha paciência para repetir o exame. Estava, apenas, inquieta para acabar o secundário e sair daquele lugar. Deve ter sido o pior erro que cometi na vida, porque, algum tempo depois, o interesse voltou. E, aí, desisti de tudo para ir atrás daquele sonho demasiado distante, mas a vida pareceu rir-se de mim, como se me dissesse Ai é? Agora é que decides fazer isso? Já vais ver... Resultado: tantos meses a estudar só para ter uma m*rda de um quinze no exame de físico-química e para não entrar em medicina.
Apesar de tudo, o primeiro ano em nutrição não foi mau de todo. Lembro-me tão bem da primeira aula de anatomia, em que fiquei entusiasmadíssima quando a professora disse que íamos ter aulas no teatro anatómico e íamos ver material cadavérico. Eram aulas de grande sacrifício para a maioria dos meus colegas, mas eu entrava naquele teatro com satisfação e pegava nos órgãos e mexia nos cadáveres como se fossem brinquedos.
Não voltei a tentar a minha sorte no ano seguinte, pois não queria continuar a andar para trás - e, acima de tudo, não queria mais uma desilusão. Mas é uma coisa na qual às vezes penso. Sei que a universidade do Algarve tem um curso de medicina para pessoas que já têm outro curso, mas não sei até que ponto iria aguentar passar mais anos a estudar, ainda para mais a estudar algo tão "intensivo". Para além de que pede uma série de requisitos aos candidatos, e estes candidatos não devem ser poucos. Mas, se me dessem a escolher entre um mestrado da treta e um curso de medicina na universidade do Algarve, ia, decididamente, para a última.
Não deixa de ser irónico que queria ir para medicina não para salvar vidas, mas sim para ser a voz dos mortos, a sua mensageira no mundo dos vivos, capaz de transmitir as respostas que morreram com eles.
Se pudesse voltar atrás, teria feito tudo de forma diferente. Mas, agora que aqui estou, resta-me, para já, terminar a licenciatura, e, só depois, voltar a pensar nisso e decidir o que fazer da minha vida.

20/10/2014

Uma questão de hábito

Hoje, umas colegas comentaram que, ultimamente, quando vão passar uns dias a casa, costumam fartar-se com facilidade e desejar rapidamente o seu espaço, por já se terem habituado a viver sozinhas. Eu sinto o mesmo. Por muito bom que seja voltar a casa, passados uns dias já começo a desesperar pelo meu espaço e por um tempinho sozinha. Começo a cansar-me das vozes e do barulho - especialmente se são discussões parvas entre a minha mãe e a minha irmã -, do facto de a minha avó aparecer várias vezes por dia na minha casa, das perguntas da minha mãe acerca do que será o jantar para o dia seguinte, do ter que limpar a casa-de-banho todos os dias porque o gato suja-a todos os dias, das insistências do meu pai em querer combinar os típicos jantares da treta comigo e com a minha irmã, entre outras coisas. Mas, seja como for, há dias em que algumas destas coisas dão saudades, especialmente naqueles dias horrorosos em que fico condenada a ficar em casa sem ver um único ser humano ao vivo e a cores. Felizmente, as saudades ainda não bateram à porta este semestre. Por enquanto sinto-me bem.
Sim, quando não existem saudades, sinto-me bem. Distraio-me com a rotina, e gosto de ter o meu espaço, as minhas coisas, de me sentir responsável. Sabe-me bem não ter horários - exceptuando os das aulas, obviamente - e poder fazer o que me apetecer, quando me apetecer. É uma questão de hábito. Quando se tem isto, uma pessoa já não quer outra coisa - pelo menos falo por mim.
Mas às vezes tenho uma espécie de receio de me habituar demasiado a isto, a estar longe de toda a gente. Especialmente em relação ao meu namorado. Nós já andámos nestas andanças - de estarmos longe um do outro por estudarmos em cidades diferentes, separadas por quase trezentos quilómetros - há uns quatro anos, pelo que, sim, já estamos habituados a que assim seja. Mas parece-me que este ano vai ser mais complicado que os anteriores. É o último ano de ambos. Só nesta pequena frase dá para perceber a dificuldade: a faculdade vai sufocar-nos. Para além de que não vamos ter férias coincidentes, à excepção das do Natal - que são sempre umas férias de m*rda, no meu caso - e das do Verão, que ainda vão muito, muito longe. Já não nos vemos há mais de um mês devido às coisas que temos tido que fazer, e mais coisas virão nos próximos tempos, como não podia deixar de ser.
Mais uma vez, o facto de estar distraída com a rotina, ter coisas para fazer e seminários a que assistir nas próximas semanas faz com que esteja bem. E ele também parece estar bem, também lá ocupado com as suas coisas. Mas lá está...às vezes, tenho medo que fiquemos demasiado habituados a estarmos longe um do outro. Tão habituados que, enfim, acabemos por perder aquela vontade de estarmos juntos. Que acabemos por nos conformar com isto. É estúpido, porque já estamos nisto há tanto tempo e eu não duvido do que ele sente por mim, mas às vezes penso nisso, especialmente naqueles dias em que não acontece nada e não temos nada de novo para contar um ao outro, o que resulta em conversas demasiado curtas, que me fazem pensar em parvoíces do género Se agora já falamos tão pouco, como será daqui a uns anos?.
Claro que, quando estamos juntos, tudo muda. Nestas alturas, não me vêm estes pensamentos estúpidos, e aproveitamos todo o tempo que temos para estarmos juntos. Mesmo que não façamos nada.
Nem sei bem por que escrevi isto. Parece parvo. Talvez porque, enfim, vejo tanta gente com os seus namorados, a passar tempo com eles e a combinarem coisas juntos, enquanto eu estou para aqui, sozinha. Mas estou bem. Só que, às vezes, gostava de poder estar com ele todos os dias, nem que fosse só por cinco minutos.

17/10/2014

Pormenores meus - parte 3

Não suporto ver coisas desarrumadas e/ou fora do lugar. Passo-me quando me pedem alguma coisa sem dizerem um Se faz favor. Tenho uma manta super quente e fofinha à qual chamo ovelha. Não gosto de ver episódios ou filmes no computador; tenho sempre que sacá-los a todos, passá-los para uma pen, ligar a pen à televisão e vê-los aí, na televisão. Mal posso esperar por ter o bilhete para o concerto dos Epica na mão. Adoro tudo o que leve canela. Para mim, a Charlotte Wessels é uma das mulheres mais lindas do mundo, não só por ser fisicamente linda, mas por ter uma voz igualmente linda, que faz músicas lindas também. O modo como o tempo tem estado - chuvoso e cinzento, obrigando-me a estar com a luz acesa durante o dia - faz-me lembrar o Natal, com a diferença de que não está frio. Desligo sempre o telemóvel quando vou dormir. Considero que toda e qualquer pessoa fica mais bonita com o cabelo solto do que com ele apanhado. Tenho uma certa panca por t-shirts de bandas. Recentemente comecei a achar piada à ficção científica - não àquelas parvoíces dos extraterrestres, mas a enredos que tenham algo de científico por detrás. Sou uma morning person, capaz de acordar cedo para estudar e prolongar a manhã, ao invés de dormir mais e estudar à tarde ou à noite. Já alguns colegas meus perguntaram-me como me aguento sem café, e outros disseram-me que já estou pronta para o horário de trabalho devido a este facto. Às vezes gostava de ser daquelas pessoas que se dá bem com toda a gente. Adoro as personagens dos filmes de animação do Tim Burton. Não tenho o típico estilo de metaleira; quem olha para mim não consegue imaginar o tipo de música que ouço. Tenho sempre o cuidado de não repetir palavras e de usar os mais variados sinónimos quando escrevo o que quer que seja. Ganhei um carinho especial pelo Logan Lerman, vai-se lá saber porquê. Não gosto de usar galochas, mas também detesto usar outro tipo de calçado quando está a chover, pois começo a achar que vai ficar todo estragado por causa da água. Já me faz confusão usar calças com uma cintura mais descaída. Uma das vozes masculinas que mais adoro neste mundo é a do Adam Gontier, e foi por esta razão que dei o nome Adam a uma personagem da minha história. Por esta lógica, as minhas próximas personagens masculinas teriam que se chamar Andy, Ben e Vic, nomes dos quais não sou particularmente fã e que, por isso, deixo estar onde estão. Gosto de experimentar comidas vegetarianas, e já ando a ponderar passar a comer menos carne vermelha quando estiver inteiramente por minha conta. Adoro perder umas horas num café ou numa esplanada. Especialmente se estiver acompanhada e existirem bons temas de conversa, embora também não me importe de ir para este tipo de lugares sozinha na companhia de um livro. Era capaz de passar a vida a viajar caso ganhasse o euromilhões. Gosto de me sentir arrepiada quando ouço uma música de que gosto, mas não gosto de me arrepiar de repente só por pensar numa música e pô-la a tocar na minha cabeça. Ter os pés frios e não ter possibilidade de os aquecer, como acontece numa sala de aula, por exemplo, consegue deixar-me de mau humor e inquieta para fugir. Não gosto de fazer planos a longo prazo. Às vezes imagino-me como uma escritora reconhecida - keep dreaming, Ice -; outras vezes imagino-me a entrar noutra universidade quando acabar este curso, de modo a perseguir o meu fascínio pela medicina legal; e outras (poucas) vezes até consigo imaginar-me como nutricionista. Os livros que me dão mais prazer de ler e de transportar de um lado para o outro são aqueles com mais de quatrocentas páginas, aos quais a minha mãe gosta de chamar de bíbliasJá não passo sem ouvir música quando ando na rua sozinha, a não ser que esteja a chover e a fazer imenso vento, pois, nesse caso, tenho que me focar no controlo do maldito guarda-chuva e, aí, a música consegue irritar-me.

14/10/2014

O que se conta

Hoje tinha várias coisas para fazer em termos de trabalhos, mas, felizmente, consegui fazê-las todas. Quer dizer, mais ou menos. Não sei se, mais tarde, alguns colegas de grupo irão chatear-me e obrigar-me a alterar certas coisas. Já hoje isso aconteceu, e só me apeteceu dizer à rapariga que, se quisesse melhor, pois que fizesse. Mesmo assim, disse-o de forma um bocado indirecta e, vá lá, ela ofereceu-se para alterar a coisa. Situações como esta chateiam-me um bocado, porque gosto de fazer as coisas e não ter que pensar mais nelas. E até esta colega em particular anda a chatear-me um bocado; parece que, aquilo que faço, nunca está cem por cento bom, e, depois, parece que me encara como aquela que está sempre disponível para tudo. E isto para não falar do facto de me pedir coisas sem nunca dizer um se faz favor. Passo-me com isto; é como se me estivessem a dar ordens. Detesto.
Para além disto, tenho um trabalho ainda um bocado atrasado e um outro para o qual ainda ninguém fez nada. Já andei a procurar artigos científicos, mas quase que aposto que mais ninguém o fez. E parece que vou ter que ser eu a chegar-me à frente e a perguntar como é que vamos dividir esta porcaria, uma vez que ninguém o faz. Vivam os trabalhos de grupo... Se tudo isto fosse individual, já estaria bem avançado.
Hoje dei por mim a precisar de tirar uns dias para "morrer para a faculdade". Há tanto para fazer, mas o problema é que grande parte deste "tanto" tem que ser feito em grupo, o que só serve para dar chatices na maioria das vezes. Quem me dera esquecer tudo isto por um dia ou dois, e passar um dia ou dois fechada em casa e completamente desligada do mundo, a ver filmes ou a escrever enquanto chove lá fora, sempre com a minha caneca de chá ao meu lado.
Mas, bem, enquanto isso não é possível, cá estou eu a publicar outro post em que não digo nada de jeito. Apetece-me actualizar isto, mas não sei com o quê. Mentira; tenho diversas ideias. Mas, às vezes, começo a pensar em algo do género Será que vale a pena publicar isto?. Sim, a verdade é que a motivação para cá vir não tem sido muita ultimamente. O facto de algumas das minhas bloggers favoritas terem desaparecido do mapa, aliado às poucas visitas e aos poucos comentários que tenho recebido, não ajudam nada. Sei perfeitamente que um blog não vive de visitas nem de comentários, mas acho que me habituei a chegar ao e-mail e ver que recebi diversos comentários a uma só publicação. Habituei-me a ver as pessoas a reagir àquilo que escrevo, a chegar aqui e a ter tanta coisa para ler e para comentar, a abrir a página sabendo o que irei publicar naquele dia... Enfim, talvez, agora, só tenha que me habituar a ter pouco feedback. Mas lá está: ver que ninguém reage faz com que sinta que não valha a pena estar aqui a perder tempo com textos que não vão ser lidos.
Com isto, não quero dizer que vou também desaparecer do mapa. Apenas que não devo ser tão assídua como já fui. Pelo menos por enquanto.

13/10/2014

Desafio #14 - parte 2

Apetece-me actualizar o blog, mas não sei com o quê. Então lembrei-me de que fui novamente nomeada para o desafio das 5 perguntas relacionadas com o blog. Desta vez, foi a anya que me nomeou. Obrigada!

Por que é que criaste o teu blogue?
Tive saudades de ter um blog - já tinha tido um quando tinha catorze anos, mas era uma autêntica treta. Foi só isso, eheh. Foi só algo que me passou pela cabeça num dia, do género Tenho saudades de escrever num blog...vou criar um, e assim foi, sem nenhuma razão em especial. Não estava mesmo à espera de o manter durante todo este tempo, nem tão-pouco estava à espera que este se tornasse num refúgio e em algo que já faz parte do meu dia-a-dia.

O que gostas mais no teu blogue?
Aquilo de que mais gosto é o facto de, aqui, poder ser eu própria. Ninguém me diz o que escrever nem como escrever. E isso é tão bom.

Nomeia um seguidor que te tenha feito sentir bem num dia mau.
Já aqui escrevi imensos desabafos nos meus piores dias, e foram muitos aqueles que me deram algum apoio. Curiosamente, não houve nenhum comentário que me tenha marcado mais que os outros, pelo que não consigo mencionar um seguidor em específico. Mas aqueles que mais me apoiam são os que mais me lêem, e acho que estes sabem quem são.

O que é que nunca serias capaz de partilhar no teu blogue?
Coisas demasiado íntimas. Há assuntos que só a mim dizem respeito.

Que tipo de posts não gostas de ler?
Posts sobre maquilhagem ou reviews de produtos de beleza ou maquilhagem. Como não me interesso por estes assuntos, nem me dou ao trabalho de ler posts sobre eles. A não ser que seja alguém a dizer que não gosta de maquilhagem. Estes eu leio - e comento com todo o gosto, claro.

10/10/2014

Vai ser um semestre para esquecer

Depois de actualizar a minha agenda com uma série de apresentações de trabalhos - já não passo sem uma agenda, pois, caso contrário, não me consigo organizar -, comecei a folheá-la para tentar perceber como estava em termos de prazos. E percebi que tenho trabalhos atrás de trabalhos, prazos atrás de prazos. Principalmente no que diz respeito às sessões de educação alimentar. Esta porcaria estraga tudo; é um exagero de trabalhos por causa disto.
O problema é que uma pessoa não tem apenas trabalhos para fazer: também há coisas para estudar, e eu, sinceramente, não estou bem a ver como me vou desdobrar. Para além disto, ainda há as tarefas da casa (limpezas, lavagens de roupa e etc) e, depois, ainda há uma coisa chamada vida própria ou momentos de descanso ou o que quer que prefiram chamar; coisa que, sim, também é necessária, para que uma pessoa não fique completamente esgotada. Só sei que comecei a stressar quando vi aqueles prazos todos atrás dos outros. E, por causa disto tudo, nem sei se terei um fim-de-semana mais livre para poder dar um saltinho a Lisboa ou para poder aproveitar com o meu namorado, caso venha cá passar um fim-de-semana. Pelo menos tenho os diazinhos em Novembro com a minha mãe, mas espero mesmo conseguir aproveitá-los da melhor forma, ao invés de tê-la aqui a olhar para mim enquanto faço um trabalho ou vê-la a ir passear sozinha enquanto fico em casa.
Hoje já comecei a fazer qualquer coisa, mas, mesmo assim... É demais, é mesmo demais.
Fiquei mesmo mal habituada por causa do semestre passado, em que era só relax e tempo livre, com pouquíssimos trabalhos para fazer. E já estava a gostar do facto de poder descansar aos fins-de-semana. Isto vai ser horrível, e só quero que passe rápido. Mas, realmente, não é suposto que o último ano seja fácil, não é?
E, por favor, não me digam para ter calma.

08/10/2014

Mixórdia #2

Tenho andado cheia de ideias para o meu livro/história - nunca sei como hei-de chamar-lhe - a ponto de, numa noite destas, ter-me sido bastante difícil pregar olho. Inclusive já passei pela experiência de as escrever à pressa, antes que as esquecesse, no verso de um talão de compras que tinha por aqui, a única coisa de papel que tinha por perto. Um colega meu disse-me que curtia bué a minha t-shirt dos Iron Maiden, o que me deixou meia estupefacta por não fazer ideia de que o rapaz curtia Iron Maiden. Mesmo assim tenho tido paciência e vontade para fazer os exercícios de tonificação que encontrei no YouTube. Detesto este tempinho que tem feito, e detesto que o tempo aqui passe do oito ao oitenta de um modo tão drástico. Ontem já bebi um chá e tive que calçar as minhas pantufas - as minhas pantufas novas e fofinhas, com uma boa sola que não me deixa sentir o frio do chão, tal como eu gosto. Mas hoje já morri de calor por causa do casaco que este tempo horrível me obriga a vestir. Finalmente já tenho grupo para os trabalhos de educação alimentar nas escolas, e até já tenho algumas ideias, o que me leva a pensar que, talvez, não venha a correr tão mal. As consultas de pediatria são algo...diferente. Não achei grande piada. Under the Dome está a ser fantástico, e nem sei o que será de mim quando já não tiver episódios para ver. Os malucos desta cidade parece que só gostam de me abordar. Em princípio vou ter uma sessão de estudo com uma colega no fim-de-semana - já há algum tempo que não tinha uma dessas. A Leitaria da Quinta do Paço tem uns éclairs maravilhosos - vá, eu só provei um e era mesmo, mesmo bom, mas os outros que lá havia (tinha tantos, de vários sabores!) tinham cá um aspecto...! A Primark do NorteShopping é gigantesca, e deve ter sido a primeira vez que vi roupas giras numa Primark. Mas não estou a precisar de roupa, daí ter apenas trazido as minhas queridas pantufas e uma gola azul-escura para casa. Uma das minhas colegas de casa parece que já não fala comigo, mas estou-me nas tintas, pois eu só falo com elas apenas quando é mesmo necessário e acho que ela teve - e está a ter - uma atitude extremamente infantil. Na próxima semana não vou ter aulas quase nenhumas, e tenho mesmo que arranjar uns bons planos para os dias mais livres. E são estas as novidades.

04/10/2014

Uma pessoa não sabe se há-de rir ou chorar

O meu curso está continuamente a ensinar-me a ter mais cuidado com aquilo que como, a planear melhor as minhas refeições, a detectar diversos erros alimentares. Está, constantemente, a ajudar-me a desenvolver um sentido crítico no que diz respeito à temática da alimentação, especialmente no que diz respeito àquilo que leio ou ouço sobre o assunto - mesmo quando as coisas são ditas ou escritas por profissionais de saúde. Acontece que já vi tanta asneira em revistas e por essa internet fora, que fico sem saber se hei-de rir ou chorar. Costumo sempre rir-me, é certo.
Foi como aconteceu no outro dia. Uma professora minha leu um plano alimentar que um antigo colega nosso elaborou - ela disse "colega", mas ficámos sem perceber se, de facto, tinha tirado o curso na nossa faculdade -, e eu, assim como toda a gente, só me ri, tal eram as asneiras que lá estavam. A professora, porém, disse que teve vontade de chorar quando o viu pela primeira vez. Pudera; anda a ensinar-nos as coisas de determinada maneira para, no fim, as pessoas lá fora armarem-se em espertas e só dizerem asneiras. É precisamente isto que acho estranho. Até porque eu sei, uma vez que já assisti a consultas, que tanto esta professora como outras elaboram os planos da mesma maneira como nos ensinam a fazê-los. Como é que se sai daqui e se passa a fazer as coisas de uma forma tão diferente, tão...estúpida?
Mas, lá está, eu rio-me das coisas - ou fico chocada, por vezes - precisamente por estar dentro do assunto. Já as pessoas que estão fora do assunto têm a tendência de acreditar em tudo, é um facto. Às vezes armo-me em chica-esperta e corrijo as pessoas, e isto até sabe-me bem porque, sei lá, é sinal de que aprendi alguma coisa, que sei alguma coisa. Mas é algo que nem sempre dá resultado, uma vez que a televisão, a internet e as revistas têm, ainda, um poder enorme sobre a cabeça das pessoas.
Isto, no entanto, costuma acontecer com pessoas que conheço há muito tempo e com as quais tenho um certo à-vontade e uma certa confiança. Na internet - até mesmo no mundo dos blogs -, costumo ficar caladinha face às asneiras que leio, e isto porque não passo de uma estudante, na qual ninguém vai acreditar. Porém, quando chegar a altura do estágio, não me vou calar, se assim tiver que ser.

03/10/2014

É isto

Estou farta de fazer coisas pelos outros quando são estes outros que fazem a m*rda toda e, depois, quem se lixa sou eu - e quase que aposto que não fariam o mesmo por mim.
Estou farta que não se preocupem.
Estou farta de ser ignorada.
Estou farta de estar sozinha.
E eu feita tola a achar que as coisas só podiam melhorar...

02/10/2014

Em modo repeat #20

Esta é uma das boas surpresas que referi no post anterior. Fico sempre triste quando uma banda perde o/a seu/sua vocalista, seja porque motivo for, porque, apesar de não ser só um vocalista que faz uma banda, é a determinada voz que associamos determinada banda e determinadas canções. E mudar uma voz é como mudar toda a banda, digam o que disserem. É como passar a ouvir uma nova banda, e não aquela a que estávamos habituados.
Porém, às vezes, um novo vocalista é capaz de nos surpreender. É o que acontece neste caso. Acho que os Flyleaf apostaram em grande.

01/10/2014

Facto #23

Em termos musicais, e tendo em conta os meus gostos - que podem conhecer aqui, embora não esteja presente tudo o que ouço -, 2014 tem sido um ano de grandes álbuns, excelentes regressos e muito boas surpresas.