24/12/2014

Perguntinhas #11 - A Very Bloggy Christmas

Regras:
1. Agradecer ao blog que te nomeou 
2. Responder às 12 perguntas 
3. Nomear 12 blogs para responderem à TAG


Obrigada à Violet do blog How Many Special People Change? por se ter lembrado de mim!


19/12/2014

O penúltimo semestre


Hoje tive a minha última aula. Não digo que tenha sido a última aula da minha vida, porque não sei o que o futuro me reserva. Mas foi a última aula do curso, e a última aula que tive nesta faculdade, na qual entrei pela primeira vez há quatro anos, num dia de Verão anormalmente fresco e cinzento que parece ter sido ontem. Não deixa de ser uma sensação estranha, isto de saber que não vou ter mais aulas depois de tantos anos de vida a fazer precisamente isto: ter aulas. Estranha, mas boa.
Este foi, portanto, o último semestre de aulas que tive - o próximo é estágio, apenas -, e devo dizer que foi o semestre em que tudo foi mais fácil. Não falo em termos de cadeiras, como é evidente. Tive trabalhos que me ocuparam tempo e que me encheram de stresses - nenhum deles foi fácil - e tenho imensa matéria para ver para os exames, parte dela complicada, outra parte dela mais acessível e uma última parte demasiado abstracta para o meu gosto. Em termos de cadeiras, não foi propriamente fácil e continuará a não ser, mas tenho conseguido organizar-me razoavelmente bem e, de qualquer das formas, estou minimamente confiante em relação aos exames, já que passar nos ditos cujos é uma questão de estudo e de força de vontade.
Foi o semestre mais fácil por ter sido aquele em que, finalmente, levei tudo na desportiva do princípio ao fim e em que me deixei embalar pela rotina. Graças a isto, tive o primeiro semestre em quatro anos em que nunca chorei por qualquer motivo, em que nunca pensei que teria um mau e infeliz futuro por não estar onde realmente queria, em que não pensei em desistir de tudo, em que não morri de saudades de casa. Foi o semestre em que ganhei o hábito de acordar bem mais cedo do que o normal e de não me queixar de ter que o fazer, acabando mesmo por preferir sair de casa bem cedo para ir estudar para a biblioteca, em vez de apenas sair pela hora do almoço - principalmente porque sair bem cedo faz com que não comece a ficar cheia de calor pelo caminho. E o semestre em que ganhei algo próximo a uma amizade, o que vai fazer com que o facto de me ir embora custe ainda mais, tenho a certeza. A parte má no meio disto é que foi preciso chegar ao último ano para conseguir ganhar este algo próximo a uma amizade. Talvez tenha sido por isso que este foi também o semestre em que me senti menos sozinha.
Tomara que todos os meus semestres tivessem sido assim, tão fáceis. Teria encarado a faculdade de uma perspectiva bem diferente.
Tão depressa passou este semestre, que hoje já é dia de voltar a casa. É a primeira vez que regresso a casa tão perto do Natal. Uma pessoa anda tão atarefada com os estudos e tudo o mais, que nem tem um tempinho para relaxar e absorver algum espírito natalício antes do dia chegar. É precisamente por isso que mal consigo acreditar que o Natal está mesmo à porta. Mesmo quando vejo anúncios ou decorações de Natal, tenho tendência a pensar que o dia ainda está longe. Por causa dos estudos, de ter sempre coisas para fazer e de não estar numa casa decorada a rigor, nem parece que é Natal. Daí não estar propriamente empolgada com o regresso, mas antes cansada.
Contudo, sei que isto muda sempre que volto a casa, de tal forma que, depois, não me quero ir embora. Mesmo que o espírito natalício não chegue em pleno, não há nada como estar em casa. 

15/12/2014

A espera terminou

Tive logo um mau pressentimento quando vi que o Prémio Bang! incluiria participações do Brasil. O vencedor foi um brasileiro, como seria de esperar. No entanto, não posso deixar de me considerar uma vencedora. Quando soube do concurso, a minha história ainda nem ia a meio. Tive que me organizar da melhor forma possível; tive, pela primeira vez desde que me lembro, de criar horários para escrever e de escrever sempre qualquer coisa nesses horários, mesmo quando não tinha grande vontade e quando não me sentia nada inspirada; dediquei-me e esforcei-me como nunca, e tive força de vontade suficiente para levar a coisa até ao fim, mesmo quando surgiam outras coisas pelo caminho. Tudo isto para acabar um manuscrito em tempo recorde, que ainda teve a oportunidade de ser lido e comentado por alguém a quem volto a agradecer imenso e cujas sugestões só me permitiram melhorá-lo. Por tudo isto, sim, considero-me uma vencedora. E talvez o melhor seja saber que nada disto foi em vão. Decerto haverão mais concursos, existem muitas editoras para chatear por causa deste meu pequenino, existe a hipótese dos e-books. Não há motivo para desistir. Nunca houve. E é por isso que continuarei sempre a escrever com a mesma dedicação e com o mesmo gosto.

12/12/2014

Desafio #17

Regras: 
- colocar a playlist em aleatório (usei o Windows Media Player, embora se possa usar a do telemóvel, mp3 ou o que se quiser)
- ver as cinco músicas que calham
- falar um pouco sobre as mesmas: onde as conhecemos, que significado têm para nós, há quanto tempo não as ouvíamos, e tudo mais que se queira acrescentar.

Conheço Amaranthe desde os seus primórdios. Foi o meu namorado que os descobriu e mos "apresentou" - e nem sequer gosta deles, curiosamente -, na altura em que quase ninguém os conhecia e em que tinham apenas uma demo com cinco músicas. Bastou-me ouvir duas delas para ficar rendida. Gosto imenso de músicas a duas vozes, e as músicas dos Amaranthe não são só a duas vozes, mas sim a três: uma voz feminina, uma voz masculina e uma voz gutural. Para além disso, o seu som era algo muito diferente daquilo que já tinha ouvido até então. Nem sei bem como classificá-lo. É singular, e nota-se uma certa influência da música electrónica (que eu detesto, mas, combinada com metal, é sempre outra coisa). No entanto, a banda peca muito no facto de muitas das suas canções serem muito semelhantes umas às outras.
Em relação a esta música em específico, faz parte do álbum mais recente deles, que saiu este ano, há relativamente pouco tempo. Foi, por isso, há muito pouco tempo que ouvi esta música pela primeira vez. Não foi a minha preferida do álbum; aliás, nem a achei grande coisa. 

Eluveitie é outra das bandas cujo som considero único. Conheci-os através do YouTube, numa noite em que me entretive a procurar por bandas novas (não no verdadeiro sentido da palavra; quando digo "novas", refiro-me a bandas que não conhecia). O vídeo da sua canção Inis Mona surgiu nas sugestões enquanto assistia a um outro vídeo qualquer, e decidi lá clicar apenas por achar que a banda tinha um nome engraçado e fora do vulgar. Os segundos iniciais deixaram-me apanhadinha. Porque eles usam tantos instrumentos diferentes que, à partida, não combinam nada bem uns com os outros, mas que, no fim, resultam em misturas fenomenais, que eu adoro. Mas acredito que não seja do agrado de muita gente, e isto por causa dos vocais.
Omnos é uma das minhas músicas preferidas deles e, curiosamente, das primeiras que conheci, nessa mesma noite em que os descobri. A música é em gaulês - yup, a sério -, mas já a li traduzida e achei a letra mesmo gira - algo que valorizo muito nesta banda são as letras, pois é notório o trabalho que têm com cada uma -: fala sobre uma rapariga que encontra um lobo na floresta, o que me levou logo a pensar no Capuchinho Vermelho e no lobo... Mas, mesmo antes de ter lido a tradução, aquilo que me vinha à mente quando ouvia esta música - e quando ouço outras deles - eram florestas, seres mágicos que nelas poderiam viver e viagens por um mundo imaginário. Porque o som de Eluveitie é épico e folk, remetendo-nos logo para elementos da fantasia de que eu tanto gosto.

Quando me calhou esta música, pensei logo: Mas por que é que não me calhou uma música do primeiro ou do segundo álbum?. Porque estes dois são os meus preferidos desta banda; aliás, Sirenia, para mim, significa, precisamente, o som dos dois primeiros álbuns. A vocalista actual veio destrambelhar tudo: não só tem uma voz irritante, como também considero que se perdeu toda a magia que existia no início.
Já estive para eliminar o álbum em que esta música se encontra, mas nunca mais me lembrei de o fazer. Se o tivesse feito, já não me teria calhado esta música. Mas, enfim, agora lá terei que falar sobre ela. E a única coisa que me apraz dizer é: não gosto. Não gosto deste álbum. E vou eliminá-lo já!
Conheci Sirenia graças a um fórum em que andei, já há uns anos. Foram, precisamente, as músicas mais antigas que me cativaram. Mas, de qualquer forma, ainda ouvi aquelas que tinham lançado na altura, e ouvi este álbum, esta desilusão em que se encontra a Winter Land, porque, enfim, quando sigo uma banda, gosto de ouvir os seus trabalhos. Contudo, Sirenia morreu para mim com este álbum - nem ouvi ainda o mais recente deles, e nem sei se vou ouvir. Fico-me pelas músicas antigas.

Outra banda que conheci graças ao dito fórum. Ou será que foi através do YouTube? Sinceramente, já nem sei. Já foi há muito tempo.
Conheci a música porque, tal como Sirenia, comecei a seguir o trabalho deles, por gostar do que tinha ouvido até então. Lançaram o Dark Adrenaline, e eu, claro, ouvi-o e lá estava a End of Time. Já não a ouvia há algum tempo, por acaso. Foi um daqueles álbuns que, basicamente, entrou por um ouvido e saiu pelo outro, pelo que ouvi-o do início ao fim pouquíssimas vezes. Aliás, já há muito tempo que não ouço Lacuna Coil. Confesso que foi uma banda que não me despertou a atenção logo no primeiro instante. Não têm músicas "fáceis de gostar", a meu ver, e só fiquei realmente interessada neles por causa de uma música ou outra. Há muitas que me passam ao lado, e muitas das quais já me cansei. Embora façam músicas a duas vozes - que combinam muito bem juntas -, o certo é que nunca mais ouvi nada deles. Acho que perdi um pouco o interesse.

Paramore é uma das minhas bandas do coração, definitivamente. É daquelas que tenho mesmo que ver ao vivo, custe o que custar, pois foi das primeiras que adorei, na altura em que a música começou a tornar-se importante para mim e parte do meu dia-a-dia, tinha eu uns quinze anos. 
(Sim, antes disso, praticamente não ouvia música e não seguia bandas nenhumas)
No entanto, Turn It Off é uma daquelas músicas que me passam ao lado. Muitas músicas deles marcaram-me; muitas delas eu adoro. Mas esta é daquelas que eu nem me lembrava que existia. Já nem sei quando foi a última vez que a ouvi.
Conheci-a quando ouvi o álbum em que se encontra, Brand New Eyes. Mas é uma das músicas do álbum às quais, lá está, não prestei grande atenção. Há músicas bem melhores neste álbum. Mesmo agora que a ouvi, não consigo pô-la no mesmo patamar que outras que nele se encontram. Definitivamente, não é das melhores, na minha opinião.

Peço desculpa pelos testamentos, mas entusiasmei-me. Talvez volte a fazer este desafio noutra altura, para ver se me calham outras músicas, eheh.

Desafio retirado do blog Brisa Passageira

10/12/2014

Facto #25

Ver um céu completamente limpo consegue logo alegrar o meu dia e deixar-me com outra disposição. Principalmente nesta altura do Outono/Inverno, estações normalmente tristes por causa dos dias com poucas horas de luz solar e das chuvas e dos temporais que costumam surgir. Porque, na verdade, o sol e o frio são duas coisas que se complementam mesmo bem. Só o simples facto de não estar a chover, de não estar um ventinho desagradável e de ver um céu limpo, azul e bonito faz com que as minhas caminhadas entre a faculdade e o apartamento - ou entre quaisquer outras coisas - sejam totalmente agradáveis, feitas sem pressa e sem aquela sensação de obrigação. E melhores se tornam quando são acompanhadas pelas canções que o meu velho e inseparável companheiro - a.k.a. mp3 - faz questão de que ouça. Nestas condições, muitas das vezes apetece-me prolongar a caminhada por mais algum tempo.

08/12/2014

Quando as férias de Natal ainda eram férias

Há alguns anos atrás - já nem me lembro da última vez que isto aconteceu, para verem há quanto tempo deve ter sido -, uns amigos da família costumavam emprestar-me uma Mega Drive durante as férias de Natal. A meu pedido e da minha irmã, claro, mas sempre nas férias de Natal, não noutras; talvez por estas serem aquelas férias mais "confortáveis", em que só queremos estar no quentinho da casa e com as luzes da árvore de Natal a piscar ao nosso lado. Sempre estiveram associadas aos jogos, as minhas férias de Natal. 
Com a consola, vinham vários jogos giros. O meu preferido era o Sonic. Ficava vidrada naquilo durante horas. Especialmente porque, na altura, não havia hipótese de gravar o jogo, o que significava que, se quiséssemos chegar ao fim, tínhamos que jogar tudo no mesmo dia, ou todo o progresso iria perder-se assim que se desligasse a consola. Só uma vez ou outra devo ter chegado ao fim, e foram vezes em que, de facto, joguei tudo "de enfiada". Fosse como fosse, até nem me importava de começar tudo do início, já que gostava tanto.
Não me perguntem porquê, mas, hoje, bateram as saudades. Acho que vou pedir ao meu namorado que me arranje o Sonic Mega Collection Plus para a minha PlayStation.

06/12/2014

Coisas que não me importava de receber este Natal

Como disse há uns posts atrás, não há nada que ambicione para este Natal. Não ando numa de Quero taaanto ter determinada coisa. Mas existem, de facto, coisas que não me importava de receber se mas dessem.

05/12/2014

Fim-de-semana prolongado

Depois de uma semana inteira - à excepção de um dia - a acordar às seis e meia, este fim-de-semana prolongado vem mesmo a calhar para pôr o sono em dia. Detesto acordar tarde, pelo que não tenciono ficar deitada o dia todo, e acordar pelas nove e meia já me vai saber pela vida. Já vi que vários dos meus contactos do Facebook aproveitaram o fim-de-semana para ir viajar para qualquer lado, enquanto eu vou continuar por aqui, como sempre. Se não tivesse ido a Lisboa no fim-de-semana passado, teria ido neste. Portanto, o concerto dos Epica devia ser este fim-de-semana, em vez de ter sido no anterior. Teria calhado mesmo bem, já que o fim-de-semana passado soube mesmo a pouco. Enfim. De qualquer forma, tenho coisas para fazer, como não podia deixar de ser. Mas, tirando isso, vai saber mesmo bem dormir mais umas horinhas e não ter que pensar em deitar-me cedo para acordar bem cedo no dia seguinte. Finalmente vou poder enroscar-me a ver alguns dos filmes que para aqui tenho ou ficar a escrever qualquer coisa sem me importar com a hora que é. Devo, também, ir até algum café estudar um pouco e ir até à baixa, ver como estão os Aliados este ano. Três dias sozinha, ao contrário da grande maioria das pessoas, mas que me parece que vão ser bons. Só pelo facto de não ter que acordar às seis e meia, já vão ser bons. Só não queria que fizesse tanto frio como hoje, em que só consegui andar na rua se estivesse com as minhas luvas e com um cachecol bem quente. E os meus pés já estão a gelar, como sempre.

04/12/2014

A espera

É já este mês que é anunciado o vencedor do Prémio Bang!, mas o mais frustrante nesta espera toda é não ter sequer a garantia de estar, de facto, inscrita no concurso e não saber se continuo em competição ou se, pelo contrário, já fui desclassificada há séculos. Os sacaninhas da editora não dizem o que quer que seja a ninguém - há mais gente a desesperar, e falam sobre isso na página de Facebook deles, mas nunca obtêm qualquer resposta.
É claro que tenho a noção de ter enviado a minha participação antes da data limite, mas acho que o mínimo que podiam ter feito era enviar um e-mail automático a confirmar a participação. Mas não o fizeram, e é por isso que às vezes começo a pensar se o meu manuscrito terá sido, de facto, enviado, ou se, pelo contrário, terá havido um problema qualquer no sistema e o mesmo tenha ficado pelo caminho. Nunca saberei. Da mesma forma, não sei se não terei sido desclassificada; a única coisa que disseram foi que alguns concorrentes já tinham sido, mas não anunciaram quais. Acho, no entanto, que isto é altamente improvável, uma vez que o manuscrito estava dentro do género que pretendiam e que cumpria o mínimo de duzentas páginas. A única coisa que "contornei" foi a sinopse, em que escrevi quatro páginas e, só depois de ter enviado tudo, é que fui ver umas FAQs que tinham publicado no dia anterior a dizer que bastava ter duas páginas no máximo. Mas creio que isto seria um motivo estúpido para desclassificar alguém. Provavelmente, muita gente também enviou sinopses com mais de duas páginas... E espero mesmo que não tenham descartado grande parte dos manuscritos por causa das sinopses. Espero bem que os tenham lido todos, na íntegra. Isto porque acho a minha sinopse muito fraca ao lado da história toda. Pudera, foi horrível de se escrever.
Não estou propriamente com esperanças, não só por causa destas incertezas, mas também porque há muita competição. Claro que me tornaria na pessoa mais feliz à face da Terra se ganhasse, mas duvido muito que isto aconteça. E não é por não ter ficado feliz com o meu trabalho, porque fiquei. É só porque há muita competição. Entre quase quinhentos manuscritos, devem estar uns quantos melhores do que o meu. E alguns piores também, mas não é isto que interessa.
Tenho, entretanto, escrito a continuação deste manuscrito que enviei, mas está a avançar tão, mas tão lentamente, que até dá dó. Como não tenho um prazo para terminá-lo, deixo-o arrastar-se. E, de cada vez que abro o documento para escrever qualquer coisa, é como se as palavras tivessem que ser arrancadas a ferros, e, à medida que escrevo, tenho, por vezes, a sensação de que aquilo não está suficientemente bom. Só quando tenho o computador desligado e quando não tenho possibilidade de perder horas a escrever, como gostaria, é que surge uma onda de inspiração súbita em que as palavras, os diálogos e as cenas fluem livre e naturalmente.

02/12/2014

Preguiça

No início deste ano lectivo, tinha decidido fazer alguns exercícios de tonificação em casa, já que não faço desporto há uns anos e, embora isto não seja propriamente um desporto, sempre fazia qualquer coisinha para além de andar a pé por necessidade. E tudo correu bem nas primeiras semanas. De algumas semanas para cá, esqueci-me completamente do raio dos exercícios. Às vezes, até me lembrava deles, mas não tinha a mínima paciência de os fazer. Portanto, já não os faço há muito tempo. A única coisa que faço - aliás, a única coisa que tenho feito ao longo destes anos de faculdade - é, realmente, andar a pé por necessidade. Tenho sempre que andar muito aqui, de todas as vezes que quero ir a algum lado. E isto habituou-me a andar muito e a não me importar de percorrer grandes distâncias. Antes de vir para a faculdade, não andava praticamente nada. Aliás, de todas as vezes que volto para casa, não ando praticamente nada. E sinto-me um bocado mal por causa disso. Quer dizer, nem tanto, porque sei que, assim que voltar à cidade académica, volto às minhas "caminhadas". No entanto, quando me for embora daqui, estou a ver que mal me vou mexer. Isto porque não tenho que fazer o trajecto entre casa e faculdade e vice-versa, porque não tenho que ir a pé às compras, porque não ando depois de comer...enfim.
Sinto falta de me mexer, por vezes. De me mexer a sério. Da natação, mais propriamente. Mas aqui não tenho tempo para me meter num desporto mais "à séria", para além de que já gasto dinheiro que chegue por estudar fora. Daí ter optado por fazer exercícios em casa. Mas a verdade é que fazê-los em casa é um bocado secante, para além de que há coisas que prefiro estar a fazer em casa do que uns exercícios parvos cujos resultados só serão visíveis dali a muuuito tempo - é um tipo de exercícios que não puxa muito por mim, em comparação com a natação, que, enfim, é muito mais completa e deixa-me muito mais exausta. E, claro, a preguiça vence sempre. Porque, lá está, são exercícios nada chamativos.
Quando voltar para casa de vez, também não vou ter vontade nenhuma para este tipo de coisa. Verdade seja dita, nunca gostei de me mexer. O único desporto de que gostava era de natação, por isso, qualquer coisa que não seja isto - ou andar a pé, nas calmas - é para esquecer. Mas sinto falta. Já não consigo estar parada, pois começo a sentir-me mal comigo mesma e a pensar que vou ficar com um corpo "mole" e que vou começar a engordar se não tiver cuidado. Por isso, gostava de mudar isto, já que sei que, em casa, mal me mexo. E o que eu gostava mesmo era de poder ir à piscina de vez em quando lá na minha terra; só não sei se vai ser possível. Tenho mesmo saudades, e seria óptimo para tirar o provável stress que o estágio e a escrita da tese me vão dar. Até basta-me ouvir a palavra cloro para ficar toda nostálgica. É como se conseguisse sentir o cheiro do cloro, aquele cheiro característico que enchia o ar do espaço onde ficava a piscina. Sim, eu gostava do cheiro a cloro, pois significava que ia entrar na água, dar umas braçadas e relaxar um bocado. Até o cansaço depois de um treino sabia bem. Credo, já nem sei o que é isso. Tenho mesmo que fazer qualquer coisa.

01/12/2014

Coisas boas do mês #11

Novembro foi um bom mês. Um mês equilibrado, com estudos, trabalhos e stresses q.b. intercalados com momentos de descanso e de quebra da rotina. Soube bem enrolar-me numa manta enquanto lia o maravilhoso livro que é O voo do corvo ou enquanto via os episódios de Grey's Anatomy; soube bem o ambiente quantinho e acolhedor dos cafés, mesmo que por pouco tempo; soube bem ter voltado ao "vício" dos chás; soube bem ter escrito mais um pouco, embora não tenha sido tanto quanto queria; soube bem ver as árvores com as suas folhas coloridas, as decorações natalícias e as luzes. Novembro foi um mês de reencontros e de matar saudades, e um mês de dois concertos fantásticos: dos Brit Floyd e dos Epica.
Agora, com a chegada de Dezembro, já está na altura de começar a típica contagem decrescente até ao regresso a casa.