24/01/2015

Resiliência

re·si·li·ên·ci·a
substantivo feminino

1. [Física] Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.

2. [Figurado] Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.

in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

Costumo reerguer-me ou curar-me das situações por mim mesma. Basta-me um tempo, em que a solidão e o silêncio são aliados fulcrais. Basta-me distrair-me com o que quer que seja depois desse tempo; pensar noutras coisas que me façam esquecer o assunto. Basta-me estar sozinha, portanto. Prefiro estar sozinha. Não sou grande fã de grupos. Costumam meter ainda mais o dedo na ferida; indo um elemento abaixo, arrastam todos os outros consigo.
Mas toda a gente parece achar que é fundamental estar-se acompanhado numa situação em que é necessário ser-se resiliente. Eu cá acho que só piora tudo. Mas o tempo o dirá.
PS: Vou afastar-me daqui por uns dias. 

23/01/2015

Acabou

Acabou hoje a época de exames, a última do curso. Até custa a acreditar que vou poder dormir mais um pouco durante a manhã e que não vou acordar a pensar no que tenho para estudar. 
E devia estar aqui aos pulos de contentamento por, finalmente, vir a ter algum descanso, mas, em vez disso, recebi uma notícia tão, tão má, que não me dá vontade de fazer o que quer que seja.

18/01/2015

Mixórdia #3

Houve dias em que acordei com dores nas pernas e nos joelhos, e quase que aposto que isto se deve ao facto de, ultimamente, ser obrigada a passar grande parte do tempo sentada. Houve, igualmente, dias em que mal conseguia estudar porque começava a pensar na tese, mais propriamente a ficar preocupada por ainda não ter um tema definido, mas já me ando a preocupar menos com isso, uma vez que já fui falar com a orientadora e um dos temas que me sugeriu parece-me bastante interessante. Agora que estou quase a ir-me embora daqui de vez é que resolve acabar tudo: é o champô, é a pasta de dentes, é o café solúvel, enfim, e lá tenho eu que comprar estas coisas só para usar uma meia dúzia de vezes até me ir embora. Já não tenho episódios do Once Upon A Time para ver, e não ando com paciência para começar a ver uma série nova, pelo que tenho andado pelos filmes e estou aberta a sugestões. Acho que, afinal, vou manter o meu username. Esta está a ser a época de exames mais rápida de sempre. Estou ansiosa pela sexta-feira, pois é o dia do último exame e cheira-me que vou lanchar à Spirito com uma colega. Os meus dias resumem-se a acordar cedo com o despertador e a passar horas num estudo intensivo. Apetece-me escrever; aliás, apetecia-me mesmo tirar um dia inteiro só para ficar a escrever. Acabei uma cadeira com quinze e duas com dezassete, nada mau. Ultimamente tenho perdido tempo a procurar imagens para desenhar e a ver tutoriais de pintura digital, mas tenho o pressentimento de que vou acabar por não pôr nada em prática e que, da próxima vez que pegar num lápis, vai sair tudo torto. Não vejo a hora de me ir embora desta casa de vez, pois já ando farta de chatices. Mas, por outro lado, não me quero despedir do Porto. E é isto que se conta destes últimos dias.

14/01/2015

Facto #26

Às vezes penso em alterar o meu username.
Quando escolhi este username, nem sequer pensei muito no assunto. Ice Queen é o nome de uma música de uma das minhas bandas favoritas de sempre, Within Temptation, que, apesar de não ser uma das melhores músicas deles, achei que se enquadrava bem como username. Não pensei na conotação negativa a que pudesse estar associado, por exemplo. Só um pouco mais tarde. E, nessa altura, até pensei que talvez não tivesse feito uma má escolha, já que não sou propriamente uma pessoa calorosa e sensível e que parecem olhar para mim como se fosse fria, distante e não quisesse ninguém por perto. Okay, isto às vezes acontece - toda a gente tem dias maus em que não quer aturar ninguém. Mas, mesmo assim...não sou a pessoa mais insensível à face da Terra, nem a mais seja-o-que-for a que este username possa estar associado. Enquanto, por um lado, é um nome que mais ninguém usa - pelo menos que eu saiba -, coisa que me agrada, por outro, bem, atrevo-me a dizer que não é um nome com o qual me identifique muito actualmente e um nome que parece querer afastar toda a gente - excepto quem é fã de Within Temptation -, transmitindo, logo à partida, uma imagem não muito boa de mim mesma.
Não me parece, contudo, que faça sentido alterá-lo. Porque, sei lá, toda a gente ia ficar confusa, para além de que já criei certas ligações sob este nome e já o associam a este blog...

11/01/2015

Da última época de exames

Esta é sempre aquela época em que pergunto constantemente a mim mesma se, realmente, sei estudar ou se, pelo contrário, sou apenas demasiado despachada e relaxada em relação ao estudo. Isto porque começo a estudar logo de manhã e costumo acabar pelas quatro ou cinco da tarde, coisa que acho que não é muito normal por nunca me ter acontecido nas épocas de exames anteriores. É por isso que tenho conseguido descansar o suficiente, e, na maioria das vezes, faço-o a ver episódios do Once Upon A Time - mas, por este andar, daqui a pouco já não tenho episódios para ver. Até tenho escrito um pouco, e isto é coisa que nunca faço durante a época de exames para não me "viciar" na coisa. Espero que isto não me lixe.
Mas, de qualquer das formas, o que posso fazer quando já acabei de estudar e se me sinto preparada para o exame? Continuar a bater na mesma tecla - estudar -, bem, isso é que não. Só acho que tenho acabado cedo demais, e acho, também, que nunca estive tão descontraída em relação aos exames como agora. Mas, vendo bem, aqueles exames que, para mim, são os piores, ainda estão para vir. Já fiz dois e amanhã tenho o terceiro. E, adivinhem, hoje não estudo mais.
Ao mesmo tempo, tem estado um frio tão insuportável, que nem tenho tido vontade de sair de casa e nem tenho dispensado os meus pijamas - e as mantas e os chás têm sido grandes aliados também...apesar de os chás arrefecerem num piscar de olhos. Não ando com a habitual vontade de trepar paredes por estar tanto tempo aqui fechada - talvez por, pela primeira vez, estar a conseguir equilibrar o tempo de estudo com o tempo de descanso -, mas também não ando com a habitual vontade de querer ir para qualquer lado. O frio é tanto, que só de pensar em ter que me vestir para sair, bem, até me arrepia.
É provável que isto também esteja a acontecer por não estar com aquela obsessão de Tenho que passar a tudo para poder ir para casa e ter férias. É claro que quero umas férias, mas não estou propriamente desejosa por voltar para casa. E isto porque, da próxima vez que voltar, será de vez. Será para lá a ficar a estagiar, e, à medida que os dias passam, parece que fico com cada vez mais medo daquela porcaria.
Ao fim e ao cabo, o que me chateia e me entristece é isto... Agora que tudo corre melhor, que ando mais relaxada, que levo tudo mais na desportiva e encontro um melhor equilíbrio entre deveres e tempo livre...agora é que tudo acaba.

09/01/2015

Em modo repeat #22

Primeira descoberta musical do ano - obrigada, Facebook, às vezes até serves para algumas coisas...
Escolhi esta música, como também podia ter escolhido esta ou esta ou esta...já que aquilo que ainda não parei de ouvir foi o álbum em que estas músicas se encontram, que está mesmo bom.

08/01/2015

Está tudo tão crescido...

Eu e o meu namorado fomos convidados para o casamento de um casal nosso conhecido, e a minha primeira reacção ao ver o convite foi partir-me a rir por não ter estado nada à espera daquilo - nenhum dos membros desse casal estava à minha frente na altura, porque, caso estivesse, teria aguentado esse ataque súbito.
Ora, e eu não estava nada à espera daquilo porque, simplesmente, é estranho conceber esta ideia de pessoas que conhecemos na escola estarem, de repente, a casarem-se. O facto de os ter conhecido na escola faz com que me lembre deles com aquela idade que tinham quando ainda estavam na escola. É estranho pensar como crescem tanto e tão depressa a ponto de se virem a casar. Parece-me uma coisa tão..."adulta". Se bem que um dos membros desse casal é alguns anos mais velho do que eu. O outro - a rapariga - deve ser pela minha idade. E se eu, tendo vinte e dois anos, não me imagino casada, também não consigo imaginar qualquer outra rapariga de vinte e dois anos casada.
Como se esta não bastasse, há um outro casal nosso conhecido que está à espera de bebé. Portanto, conheço uma rapariga de vinte e dois anos grávida, e uma outra de vinte e dois anos - não sei ao certo a idade dela, mas deve ser por aí - que se vai casar. E imaginar-me em qualquer uma destas situações é ridículo, no mínimo.
Mas, vendo bem, parece que sou eu que não cresço. Não me imagino nessas coisas tão "adultas" porque ainda não entrei em algo que se assemelhe à chamada "vida adulta". Ainda estudo, e sempre o fiz durante toda a vida; talvez seja por isso que ainda me considere nova demais para este tipo de coisa. Este casal que nos convidou começou a namorar pouco depois de nós e só a rapariga é que está a acabar de estudar. Por isso, está bem. Talvez já estejam mais dentro da "fase adulta" do que nós por causa de tudo isto - por a rapariga estar a acabar de estudar e por o rapaz ser um pouco mais velho e já não estudar e ter a vidinha encaminhada.
Já eu e o meu namorado, credo, quase nem dá para imaginar isto dos casamentos em relação a nós. Parecemos ser tão novos, não apenas em termos de aparência, mas, por vezes, em termos mentais também. É como se tivéssemos parado algures no tempo. Foi algo desse género que lhe disse para explicar a minha infeliz reacção, que não consegui controlar. Ele diz que isso de parecermos mais novos é bom, e, honestamente, eu também acho. Não tenho qualquer pressa em entrar na "vida adulta". Tenho pressa em terminar o curso, começar a trabalhar e ter a minha própria casa, sim, mas isto é algo que nem considero "vida adulta". Para mim, a "vida adulta" começa quando duas pessoas se casam, têm filhos e vivem em função da rotina e/ou da família que acabaram por constituir. E eu, uma vez que não quero filhos e não tenho propriamente o sonho de usar um vestido de noiva, espero, no que depender de mim e quando acabar de estudar, ter imensos "anos de jovem" para gozar.
Com isto, não critico quem decide casar-se ou ter filhos tão cedo. Apenas acho que são passos tão grandes para se dar, e é por serem tão grandes e tão "adultos" que me parecem estar tão fora do meu alcance. Porque sinto que parei algures no tempo. Que ainda não tenho idade ou mentalidade para isso. Vai-se lá perceber porquê. Não invejo quem escolhe crescer tão depressa, contudo.

03/01/2015

Foram umas "férias" como as do ano passado

Algumas fotografias do meu Natal.

E eu a pensar que, com um calendário de exames melhor do que o do ano passado, ia conseguir ter umas férias mais calmas e com algum descanso... Quando, afinal, foi tudo tal e qual ao ano passado. Os meus dias destas últimas duas semanas basearam-se em acordar-comer-estudar-comer-estudar-comer-estudar-arranjar-me para algum jantar-dormir. De tal maneira que fiquei cansada de jantares - depois do Natal, já é comum fazerem-se jantares de família em casa de um e de outro - e de ter que sair de casa depois de um dia de estudo, quando aquilo que realmente me apetecia era continuar de pijamas e ir enroscar-me no sofá a descansar. Como acordava sempre cedo, assim que chegava a casa, vinda dos jantares, não conseguia fazer outra coisa senão dormir. Foi por isso que, durante estes últimos dias, não consegui meter aqui os pés. Não consegui vir aqui falar sobre o Natal, pelo que apenas deixo algumas fotografias para ilustrar o post, nem vir aqui fazer um balanço do ano que ainda agora terminou. Mas, para isto, ainda não vou muito atrasada, pelo que isto será assunto para o próximo post.
Em relação às minhas "férias", foi isto. Um inferno. Dias iguais aos outros, em que uma pessoa nem sequer consegue aproveitar nada. Para além do estudo e dos jantares de família, fui ao cinema ver o último filme d'O Hobbit - gostei tanto! Mas foi mais uma saga que terminou...snif... -, e, em casa, vi, finalmente, o Frozen, que já queria ver desde a altura em que saiu, mas que só agora consegui ver - e gostei tanto também! Pudera...é Disney e basta.
O Natal foi óptimo, como sempre. E foi das poucas alturas em que me dei ao luxo de não estudar e em que não pensei nos exames ou na faculdade. Acho que nunca tinha recebido tantos livros juntos - o melhor do meu montinho de presentes foram mesmo os livros. Tenho muito com que me entreter, em termos de leituras, nos próximos tempos, já que, a juntar aos que recebi, tenho ainda um que trouxe da última Feira do Livro do Porto e o segundo e terceiro volumes d'O Senhor dos Anéis que o namorado me emprestou. Consegui acabar o livro que estava a ler; só me faltavam umas dez páginas, pelo que também me dei ao luxo de não estudar no primeiro dia do ano para acabar de ler o livro e não ter que o trazer de volta para o Porto. Daí que tenho vários livros pela frente. O problema é que só posso começar a pensar em pegar nalgum deles depois dos exames.
Ah, o raio dos exames! As minhas "férias" foram passadas à volta deles, e os próximos dias irão pelo mesmo caminho. Só daqui a vinte dias irei livrar-me deles. Mesmo que não pareça muito, a verdade é que o tempo nestas alturas passa sempre demasiado devagar. Aquilo que me anima no meio disto tudo é saber que o próximo ano já não vai ser assim. Esta será a minha última época de exames - deste curso, pelo menos -, pelo que tudo irá ser diferente quando isto acabar.