28/06/2012

Esboços



Resultado deste post.
As "manequins" e até os próprios vestidos ficaram um bocado defeituosos, mas, de qualquer maneira, o objectivo disto não era a perfeição.
A parte cinzenta daquele vestido que tem um laço atrás é suposto ser renda.
E aquele borrão acima da data foi posto de propósito para tapar o meu nome verdadeiro. Ficam só com as minhas iniciais x)
E pronto, digam lá de vossa justiça.

26/06/2012

Planos para o Verão?

Queria agora ser daquelas pessoas que têm imensos planos e imensos objectivos para cumprir durante as férias, mas não sou. Não tenho nada planeado. Nicles. Acho que o meu Verão se vai resumir a ir à praia quase todos os dias. Gostava de ir viajar e de ir fazer férias para um hotel em cima de uma praia, mas não vou. Gosto sempre de mudar de ares de tempos a tempos, porque, caso contrário, fico farta de estar durante muito tempo no mesmo sítio. Mas pode ser que passe pelo menos um fim-de-semana fora da cidade, já que não vou para outro país qualquer. Veremos. O meu pai é que não pára de nos martelar a cabeça - a mim e à minha irmã - para irmos visitar Guimarães e Braga. Não é que eu não queira, mas é que já me bastou estar no continente durante um ano lectivo inteiro e, por isso, quanto menos estiver em Portugal continental, melhor. Além disso, é sempre aquela pressão, sempre a perguntar quando é que vamos, apesar de isto já estar mais do que decidido. Vou ficar tão farta do continente, mas pronto. É que há tanto sítio para ir; porquê o continente? O que me chateia é que o meu pai já foi para sítios fixes com a parvalhona da minha "madrasta", mas, quando é comigo e com a minha irmã, só escolhe esses sítios..."menos atractivos". Enfim, por que é que ainda me surpreendo com o facto de ele me chatear? Raramente faz o contrário.
Portanto, este é o único plano. De resto, o que fazer? O habitual: praia, passeios, piqueniques, praia, festas de anos, churrascos, praia, ... E o essencial: descansar muito, que mereço. Gostava de tomar um banho no mar à noite e de passar depois umas horinhas na praia, a ver as estrelas. Gostava de escrever mais - já não abro o documento da minha história há praticamente um mês, por causa da porcaria dos exames. Apetece-me voltar a jogar PlayStation. Gostava de passar uns diazitos fora, só eu e ele. E de passar os dias e as noites onde bem entender, sem dar satisfações a ninguém, se bem que isso é praticamente impossível.
Bem, não estranhem a minha ausência no Verão, porque nas férias é mesmo assim: é raro ligar o computador. Não tenho lá muita paciência. É Verão, quero aproveitar o ar livre, ao invés de estar fechada em casa agarrada a isto. Por falar em ar livre, daqui a nada vou preparar-me para ir à praia. Será que é hoje que vou tomar o primeiro banho de mar do ano? Hmm, parece que sim...

23/06/2012

Fim do primeiro ano

Acabei anatomia II com uma nota, no mínimo, espectacular. Serviu para compensar a miséria do semestre passado. E, daqui a umas horas, já vou estar a caminho de casa! Isto se o voo não se atrasar, já que, sempre que ando de avião, é isso que acontece. O meu quarto já esteve uma bagunça com coisas espalhadas por todo o lado, mas agora já está praticamente tudo arrumado.
Bem, que ano lectivo... Conheci uma cidade nova e pessoas novas, fui ao meu primeiro concerto a sério, andei de comboio sozinha, perdi um desses comboios, baldei-me a várias aulas, apanhei grandes molhas, mexi em cadáveres, fui chamada de ladra, passei a adorar a passar umas horinhas em esplanadas, tive dias em que estive prestes a trepar paredes, dias tristes, dias que me foram indiferentes, dias melhores, ... Só não deu (ainda) para me encontrar com o Logan e o Little Knight, mas oportunidades virão...ainda me restam três anos aqui no Porto.
E pronto, hora de ir almoçar para depois acabar de arrumar as coisas. Sempre tanta tralha que uma pessoa tem que levar...

21/06/2012

E as minhas férias começam hoje

O exame de anatomia correu-me tão, mas tão bem, que, assim que saí de lá, pensei "Pronto, já passei". E passei mesmo. Acabou-se a época de exames, finalmente. Já não estudo mais até Setembro - espero, já que ainda me faltam saber uns resultados. Vou-me embora daqui depois de amanhã por uns bons tempos. Estou de férias, caramba! Dias relaxantes, de descanso e sem fazer nada aguardam-me. Que venham agora o sol, o calor, os dias longos passados na praia, as noites agradáveis, enfim, um Verão fantástico.

20/06/2012

Pelo mundo...


Caverna Orda, Rússia, a maior caverna subaquática.
Não sei bem porquê, mas os cenários debaixo de água sempre me fascinaram... Parecem tão...mágicos. Deve meter um pouco de medo, mas, ao mesmo tempo, deve ser espantoso explorar o fundo do mar =)


Mas o que é que se passa?

Com que então o Verão começa hoje...bah, não é aqui, de certeza. Sempre o céu meio nublado, sempre fresquito...nem consigo andar de sandálias porque fico com os pés frios...e agora está a chover. Uau. Até no Inverno houve dias melhores do que agora. Será que nem vamos ter um Verão de jeito? Fogo, espero que tenhamos. É que já basta que as outras férias - sem serem as de Verão - sejam praticamente passadas em casa porque está a chover. Nem quero imaginar passar uns dois meses de férias com um tempinho de m*rda, sem poder ir a lado nenhum a não ser sítios fechados.
Outra coisa...não consigo estudar. Quer dizer, já estudei. Sinto que sei praticamente tudo. Não percebo. É véspera de exame; devia estar a ver as coisas várias vezes, passar a tarde toda nisto. Mas não. Não sinto necessidade; é estranho. Estou tão confiante e relaxada, que espero mesmo que aquela porcaria corra bem. 

19/06/2012

Época de exames - dia 18

Já só me falta o de anatomia prático (finalmente!). Passei hoje o dia a ver os cadáveres e as respectivas estruturas mortas. Sinto-me confiante, e o exame é só depois de amanhã. Quem diria que, no semestre passado, anatomia dava-me tantas dores de cabeça e, agora, acho esta segunda parte bem mais fácil ao ponto de se tornar na minha cadeira preferida deste semestre?!
Entretanto, já tenho duas cadeiras feitas. Pronto, podemos considerar três, se contar com a opcional, apesar de as notas ainda nem terem saído. Mas às vezes até me esqueço que essa cadeira existe. Resta saber a nota do exame que fiz a semana passada, que não correu lá muito bem. O que me chateia é que diziam que aquilo era facílimo e as perguntas eram óbvias, mas, quando cheguei lá ao exame, ui, vi-me um bocado grega para fazer aquilo. Queria mesmo saber a nota antes de me ir embora, porque, caso passe, vou descansada para casa, e, caso reprove, fico aqui de vez, ao invés de ir e voltar para repetir o exame. Até já mandei mail ao regente a perguntar se as notas saíam ainda esta semana, mas o raio do homem não me responde. Não gosto nada que só corrijam quando bem lhes apetece e que pensem que toda a gente mora aqui nos arredores, podendo ir e vir quando bem entender. Devia haver um dia específico para as notas serem lançadas, como nos exames nacionais. Mas não; deixam uma pessoa a "sofrer"...
Tenho viagem para sábado. É por isso que quero saber a nota o quanto antes. Não vou estar em casa completamente descansada, sabendo que posso reprovar à cadeira mais estúpida que existe, cadeira esta à qual ninguém reprova. É por isso e por ainda estar em exames que acho estranho que o regresso a casa esteja tão próximo. Parece que até é mentira o facto de estar quase a ir-me embora.
Ah, e ontem o exame de genética correu bem mal. Tipo, a genética propriamente dita - aqueles estudos das árvores genealógicas, descobrir o tipo de doença e ver quais as probabilidades de uma pessoa nascer doente ou saudável, que eu adoro - nem sequer saiu! Bah, foi mesmo foleiro. E também diziam que toda a gente passava a isto! Não percebo; aquelas em que toda a gente passa são aquelas cujos exames me correm pior! Acho que preferia que me dissessem que é rara a pessoa que passa; assim esforçava-me para passar, em vez de estar meia relaxada. Se passar, vai ser com muita sorte. Mas também não estou muito preocupada com esta, uma vez que é do segundo ano e, se não passar agora, hei-de passar no ano que vem. Ou no outro. Ou ainda no outro...
E é claro que adorei os poucos dias que passei fora. Estava mesmo a precisar de mudar de ares. Mas, como não podia deixar de ser, custou-me imenso voltar.

17/06/2012

Conhecem a sensação?

Os dias passam, fazendo-me sentir cada vez mais cansada e cada vez mais farta de tudo isto. Fazem-me entrar numa espécie de desespero; fazem-me desejar que alguém aqui estivesse para me reconfortar ou para, simplesmente, me fazer companhia. Mas é completamente escusado ficar à espera disso, porque ninguém está ou vai cá estar. Sei que não há outra hipótese a não ser aguentar, ser forte e fazer sacrifícios. Mas fico cansada de tanto aguentar. Só queria que fosse mais fácil e mais suportável. De tanto aguentar, chega uma altura em que tenho que despejar tudo cá para fora, porque já aguentei muito durante demasiado tempo. Chega a altura em que a tristeza e as lágrimas me invadem e em que não as consigo impedir de se manifestarem outra vez. Hoje nem tive vontade de ligar o rádio para me fazer companhia à hora das refeições. Só tive vontade de desaparecer. 

13/06/2012

Época de exames - dia 12

Ontem e hoje foram dias para me entreter com genética. Ai que aquilo é tão chato...só gosto da primeira parte da matéria, é bastante engraçada. Mas o resto pode ir morrer bem longe... Queria ter saído, que já não saio há uns tempos sem ser para ir para a faculdade ou para ir almoçar. Ter ido ver as lojas e ter ido à feira do livro...mas paciência. Com o imprevisto de segunda-feira, tive mesmo que estudar ontem e hoje, embora ainda me sinta como se não tivesse estudado nada, ou praticamente nada. Enfim. Mas, voltando à parte do "sair de casa para passear", não o fiz ontem nem hoje mas vou compensar isso nos próximos dias. Vou passar uns dias fora - e não podia estar mais contente -, por isso, até breve =)

A minha vida no Porto é assim...

Deixo sempre o rádio ligado aos fins-de-semana para não me sentir sozinha. Balanço-me ao som de algumas músicas, canto ou só faço playback. Muitas vezes não sei a letra certinha e digo coisas cujo som se assemelha à letra verdadeira. Falo sozinha. Muito. Digo palavrões alto e bom som quando alguma coisa corre mal. Quando vou comprar coisas para a casa, compro o que me apetece, sem ter ninguém com uma lista de compras para seguir. Saio de casa quando me apetece. Por vezes, quero sair e não posso; por outras, posso, mas não tenho vontade. Vou às esplanadas e às lojas sem esperar que alguém me acompanhe. Como o que me apetece. Tenho que levar com as badalhoquices da minha colega de casa. E com o barulho dos vizinhos e dos comboios que passam mesmo aqui ao lado. Noto que o dinheiro voa só nas despesas de alimentação. Nos dias em que o meu lado artístico está mais activo, escrevo ou desenho como se não houvesse amanhã, sem ninguém a olhar por cima do meu ombro ou a perguntar o que estou a fazer. E, nos dias em que não me apetece fazer nada, farto-me de ver episódios. Deito-me à hora que quero. Não tenho horários aos fins-de-semana. Passo todos os dias por pessoas diferentes na rua. Visto aquilo que gosto e bem me apetece, pois sei que aqui não há burburinhos acerca dessas coisas - não é que me vista de forma extravagante, mas já fizeram vários comentários (estúpidos) sobre a minha roupa lá na terrinha. Como faço os meus trajectos habituais sozinha, ando com os auriculares do mp3 nos ouvidos e, por vezes, dá-me vontade de começar a cantar em plena rua. Sinto sempre uma felicidade tremenda quando volto para casa e uma enorme tristeza quando volto para cá.
É bom estar sozinha, às vezes. Mas não em excesso. Em excesso, leva à saudade. Saudades de estar em casa. De receber um abraço, um beijo ou quaisquer outros mimos. Das pessoas mais importantes. De passar um serão acompanhada. Dos lugares. De ver o mar todos os dias. De combinar coisas em cima da hora e as pessoas não recusarem por causa das viagens em transportes que terão que fazer. Das reuniões de família ou de amigos, onde se comem pizzas em condições - ando com desejo de pizza há tanto tempo - e depois se canta karaoke, coisa que gosto bastante até, apesar da minha vozinha de rato a cantar. Até de ouvir aquele sotaque em todo o lado. Até de jogar na minha PlayStation ou na minha Nintendo numa tarde chuvosa. Ou até mesmo de andar descansada na rua e me deixarem atravessá-la, em vez de fazerem um frete para me dar passagem e de estarem com uma vontade do caraças para passar com o carro por cima de mim. E das praias. De nadar no mar. De piqueniques e churrascos fora da cidade, no meio do verde de uma margem de uma lagoa. De não estar rodeada de prédios ou de trânsito.
Quero ir para casa. É o que quero desde que aqui chego, mas tento distrair-me com a vidinha de estudante e controlar-me com as saudades para não dizer todos os dias a falta que aquilo me faz.

12/06/2012

E, de repente, a minha noite ficou melhor


Acabei de receber uma notícia que me deixou felicíssima. Não me sentia assim há tanto tempo... Nada a ver com exames ou coisas desse género. Digamos que vou...quebrar a rotina e matar a solidão. E que bem que me vai saber!


10/06/2012

Descobertas

Aquele momento em que acabas de descobrir uma banda, ouves uma música e apercebes-te de que é fixe, mas o vocalista tem uma voz horrorosa e, por isso, não consegues gostar. Buah...

A inspiração chega quando menos se espera...

Ontem à noite estive a ver Project Runway. E, ao ver aqueles vestidos tão giros - salvo algumas excepções -, fiquei inspirada...e bum, apareceram na minha cabeça uns três ou quatro vestidos. Quando estava a tentar adormecer, veio-me uma ideia para mais um. Que estranho. Há uns anos adorava inventar roupas - e queria ter ido para artes para ser estilista -, mas, com o passar do tempo, fui ficando sem ideias. E ontem, passado tanto tempo, vieram algumas. Pois bem...hoje à noite vou ficar entretida a passá-las para o papel antes que se varram de vez da minha cabeça. 

09/06/2012

Outra vez?

Hmm, alguém não leu os avisos daqui do sítio...
Comentários desses enjoam. Por isso, filha, não vou seguir o blog, muito menos participar no giveaway e vou eliminar este comentariozinho. Simples. É que nem vale a pena darem-se ao trabalho de vir aqui só para fazer publicidade.
Não sei por que é que há gente que dá tanta importância ao número de seguidores. Para mim é mais importante a qualidade - o facto de visitarem e de fazerem comentários frequentemente, entenda-se.

08/06/2012

Yay...

Estava com medo do exame, mas, afinal, pensei que ia ser muito pior do que aquilo que foi. Uf! Está feito. E acho que vai dar para safar. Pronto, o pior exame está feito e estou tranquila em relação aos outros. O da disciplina do segundo ano é que me deixa um pouco de pé atrás, mas, se chumbar, que se lixe; a cadeira é de segundo ano, por isso, pode perfeitamente ser feita no ano que vem, ahah. De qualquer maneira vou tentar, claro.
A minha viagem também já está marcada. Mas também me puseram em lista de espera para sexta-feira, por isso, se por acaso houver alguma desistência, daqui a duas semanas já me vou pôr a milhas daqui, finalmente! Tenho tantas saudades de estar em casa...

Época de exames - dia 6

Ou 7, uma vez que já passa da meia-noite. Ainda vamos na primeira semana de exames e já não vejo a hora estas malditas coisas acabarem. Fico tão farta de estar aqui fechada e de só sair para almoçar. Pelo menos nos dias de aulas era obrigada a sair de casa. Mas agora...ficar em casa de pijama e andar meia mole durante o dia faz-me lembrar dias em que esteja doente. É por isso que fico inquieta para me ir embora daqui.
Passei o dia todo a estudar. Isto é tipo uma vitória para mim, mas é claro que comecei a fartar-me ao fim de algum tempo. No entanto, lá continuei e fui até ao fim. Apesar de tudo, é estranho. Tenho a sensação de que não me ficou quase nada na cabeça. Espero que seja só mesmo uma sensação e que amanhã - ou hoje daqui a algumas horas -, ao ler as perguntas, consiga associar as coisas. Pois é, amanhã tenho o exame mais temido de todos, a meu ver. A terrível bioquímica...que continuei a odiar mesmo depois de a ter estudado. Acho que a minha relação com ela - ou com qualquer cadeira que tenha "química" no nome - nunca vai mudar. Mas espero que o exame corra bem. É que não queria mesmo nada ficar para a época de recurso.
Corra bem ou mal ou mais ou menos, uma coisa é certa: quando sair do exame, para compensar o dia horroroso de hoje - ontem, whatever - não vou fazer nenhum.

05/06/2012

"Viver cada dia como se fosse o último"

Sou só eu que acho esta frase realmente parva?
E nem sei o que é pior: se a frase ou as pessoas que a publicam - tradução: concordam com ela/acham-na graça - mas que continuam a viver a sua vidinha. Ou seja, algumas até podem-na considerar a sua filosofia de vida, mas nem sequer a seguem.
Se pensarmos bem...se eu seguisse esta filosofia, achavam que desperdiçava dias a matar-me a estudar? A ir para as aulas? A ter a mesma rotina durante meses a fio? Claro que não! O suposto "último dia" não deve ser passado dessa maneira. Passava antes os dias a fazer o que bem me apetecesse. Estava a marimbar-me para tudo. Podia nem sequer ter acabado a escola. Podia passar a vida a passear de um lado para o outro, a conhecer o mundo.
Mas é óbvio que não é assim. Se toda a gente vivesse de acordo com a frasezinha, vivíamos num caos completo. Ninguém trabalhava - suponho eu, a não ser que o adorassem mesmo -, e, por isso, não havia nada. Não havia quem construísse casas para vivermos, não havia médicos a quem recorrer quando estivéssemos doentes, não havia regras nenhumas, etc etc. Era uma espécie de selva.
No entanto, se continuarmos a pensar...por que não aproveitamos melhor os nossos dias? Não digo seguir a filosofia à risca, mas estabelecer tipo um meio termo: viver segundo a nossa rotina e as nossas obrigações, mas não as levarmos de forma tão séria de modo a conseguir aproveitar e fazer tudo aquilo que sonhamos e que nos apetece. Porque, se virmos bem, de que serve estudar tanto para tirar um curso, ter um emprego, ter uma boa casa, trabalhar tanto e etc, quando, de um momento para o outro, a vida acaba? Por vezes penso nisso. É estúpido. É ter trabalho para nada. Quer dizer, vai servir para a altura, não é, mas, e depois? Acaba tudo? Não faz sentido.
Mas...porquê pensar que temos um "último dia"? Podemos ter várias vidas, certo? Porém, continua a não fazer sentido, já que, voltando a viver, mas num corpo diferente, começa tudo de novo e voltamos ao mesmo: viver para depois acabar tudo. Então? Vivemos eternamente no céu sob a forma de anjinhos que vêm de vez em quando cá a baixo ver como estão as coisas? Para quê?
Credo, que vida esta... Às vezes dá-me para ser filosófica, mas isto é como a filosofia que aprendia na escola: só me punha confusa e não me levava a lado nenhum. Mas pronto. Não há mal nenhum em pensar sobre questões sem resposta, e aposto que muita gente também pensa - ou já pensou - em coisas assim.

03/06/2012

Este blog está excessivamente universitário...

Reparei que a etiqueta "Faculdade" é a que mais mensagens tem. Sinceramente, ando meia farta de falar sobre isso, mas é a isto que se resume a minha vida agora. Como os dias da época de exames vão ser quase todos iguais, vou tentar escrever o mínimo que conseguir sobre isso - até porque já devem estar fartos, eheh. Já tenho na cabeça uma listinha de temas sobre os quais escrever/criticar aqui no blog. Até foi por isso que criei o blog, para dar as minhas opiniões sobre as coisas. Não foi com a ideia de o tornar numa espécie de diário. Mas afinal a coisa descambou xD e comecei a falar mais sobre o meu dia-a-dia e a deixar as críticas de parte. Mas o meu blog não vive só do meu dia-a-dia. Nos próximos tempos, vou explorar outras coisas.

02/06/2012

Época de exames - dia 1

Começaram hoje os dias em que uma pessoa fica fechada em casa de pijama a marrar. E com a chuvinha que já caiu o ambiente fica ainda mais deprimente. Opá, o dia foi mesmo chato. Levantei-me pelas dez e meia e comecei a estudar às onze. Decidi começar por bioquímica, já que a matéria é muita e quis ver o que é que me esperava. Tenho um exame antes, mas dá perfeitamente para estudar amanhã e segunda para ele. Estive a olhar para (parte d')a matéria até à uma e tal. Fiquei meia farta. Entretive-me a fazer o almoço - fiz uns bifes com natas e cogumelos que ficaram mesmo bons -, depois a lavar a loiça e a armar-me em fada do lar: limpar o quarto e a casa-de-banho, lavar e estender a roupa. Depois tomei consciência de que tinha que voltar à carga. Estudei desde as quatro e tal até às oito e um quarto. E nem cheguei a ver a matéria toda. Mas isso há-de ficar para quarta-feira. Como já não posso olhar mais para aquilo por hoje, vou fazer uma maratona de Pretty Little Liars pelo serão fora. Agora estava a ver para quando podia marcar a viagem de regresso a casa. Se tudo correr bem, acabo os exames a dia 21. Podia ir-me embora logo no dia a seguir, mas não sei se eu e os meus colegas mais chegados vamos fazer alguma coisa. Se fizéssemos, o ideal seria ir-me embora no dia depois desse. Mas as viagens para esses dias estão estranhíssimas, fazem todas escala em Lisboa, bah... Mas pronto, logo se vê. Ainda nem sei se vou passar a tudo à primeira, mas espero mesmo que sim. Motivação já eu tenho. Falta o esforço final.

Percurso académico ou Meios grandes vs pequenos

E acabou o segundo semestre. Nem parece...tive teste e ainda vou ter que estudar...mas pronto, não há mais aulas, já não é mau. Como já disse algures noutro post, desta vez não pensei uma única vez em desistir do curso. Sinto-me muito melhor agora do que no ano passado.
No ano passado estava noutro curso. Não fazia a mínima ideia do que queria seguir - e sinceramente ainda não faço -, mas diziam-me que o curso tinha muita saída e que era muito giro. Era, era...tão giro que o detestei. Talvez se tivesse vindo logo aqui para o Porto podia ter gostado, sei lá. Nunca saberei. Mas permaneci lá no arquipélago, mudei apenas de ilha. Pensei que me daria melhor num meio pequeno do que aqui no continente. Que aqui seria muita gente e muita confusão, muitos "cães a um osso". Pensei que lá, numa turma pequenina, me sentisse melhor, mais integrada. Que todos naquela turma se conhecessem bem e se tornassem num grupo coeso, uma espécie de família. Mas enganei-me. Redondamente.
Detestei aquela ilha, tanto que acho que nunca mais vou lá pôr os pés. Fui de cavalo para burro; para um sítio onde não havia quase nada para fazer. Detestei praticamente tudo: o sítio, o curso, a universidade - se é que aquilo se pode chamar universidade, uma vez que a minha escola secundária consegue ser maior do que aquilo -, alguns professores e os seus métodos de ensino. Nem sei por onde começar. É engraçado que, quando lá cheguei, tive uma sensação estranha. Senti logo que aquilo não era para mim. Quis ir-me embora assim que lá pus os pés. E, passados uns dias, ainda mais vontade de me ir embora me deu. Houve um breve período em que essa vontade acalmou um pouco, mas depois voltou. Vim a descobrir que detestava estar fechada num laboratório, especialmente a fazer coisas que eu nem percebia para que iriam servir ou que conclusões se podiam tirar delas. Não gostei que alguns profs estivessem sempre "em cima" de nós - não nos deixarem sair a meio de uma teórica, por exemplo, ou quererem ver o nosso caderno de laboratório para depois o avaliarem. Parecia que estava a voltar à primária, e não estava a gostar nada disso.
Mas também não gostava da própria universidade, do facto de ser tão pequena, que toda a gente se conhecia de vista e sabia o nome ou o curso de praticamente toda a gente. Um boato era capaz de se espalhar ali num abrir e fechar de olhos. Sentia que não havia...grande privacidade. E esta foi uma das grandes diferenças que notei ao vir para cá. Vêem-se sempre pessoas diferentes e ninguém, a não ser aqueles com quem te dás melhor, sabe da tua vida. Uma pessoa pode ser ela própria sem ser julgada. Pode fazer o que bem entender ou vestir aquilo que quiser. Ninguém diz nada e ninguém espalha rumores. E eu adoro isto. Mas outra das grandes diferenças foi o facto de, quando cheguei cá ao Porto, me perguntarem se queria, ou não, aderir à praxe.
Estranhei bastante aquilo, mas achei muito correcto. No ano passado, ninguém perguntava a ninguém se queria aderir à praxe: partiam do princípio que toda a gente queria aderir. Eu aderi porque pronto, fui experimentar. Além disso, só ouvia dizer que a praxe servia para nos sentirmos integrados. E eu, com esta ideia, fui. Mas não me senti nada integrada. Eu, por natureza, sou um tipo de pessoa que não gosta de receber ordens, ainda para mais ordens parvas. Muitas das vezes, fiz aquelas coisas a fazer frete. E também não suporto que me digam o que devo ou não vestir. Sim, porque cada praxezinha tinha um tema e vestíamo-nos de acordo com ele. Mas, mais estúpido do que isso, era não poder ir para as aulas de cinto, acessórios, relógios, ténis com atacadores, etc. Ora, eu sinto-me meia "despida" sem relógio. Não consigo passar um único dia sem usar um. E também não consigo andar sem cinto. Usei-o na mesma, todos os dias. Mas as blusas tapavam-no sempre, de modo que ninguém reparou.
Ora, acabei por desistir da praxe. Fartei-me; achava aquilo uma estupidez e uma perda de tempo. Só gostei de três. Gostei da segunda, que foi um peddy-paper pela cidade e foi engraçado. Gostei de uma em que nos vestimos de um cantor à nossa escolha. Escolhi a Amy Lee mas não fiquei nada parecida, uma vez que fiz uma versão improvisada com coisas que tinha em casa e ainda usava óculos. Mas esta foi muito gira. Foi pouca gente, ou seja, pouca confusão, e os jogos foram engraçados. Não fiz frete. A que mais gostei...foi a que não recebi ordens nenhumas. Exacto: andámos um grande bocado com latas nos pés até uma festinha de uma freguesia e depois ficámos por lá, na festinha, a fazer o que bem entendêssemos: comer, conversar, ver as tunas...adorei xD Mas acabei por desistir porque já estava farta de ter que sair de casa tanta vez para ir aturar os "doutores" com as suas merdices. E também porque implementaram uma semana negra na universidade...não interessa. Depois de cada praxe, íamos todos para uns barzinhos tipo discoteca horrorosos. Eis outra coisa que vim a descobrir: que odiava estas coisas. Quando chegávamos lá, ia-me logo embora; às vezes ficava uns minutinhos, mas, de preferência, lá fora, e depois acabava por ir. Era a primeira a ir. E lembro-me perfeitamente de uma rapariga me dizer: Não fizeste um esforço para te integrar com os outros caloiros, ias-te sempre embora, nunca ficavas nos bares, blá blá blá. Eu disse-lhe que toda a gente se metia a beber e que eu não tinha paciência para isso. Vim também a perceber que estes, os sociáveis e os que mais possuídos ficavam - e mais vezes -, é que eram os queridinhos dos mais velhos, os que se integravam na perfeição. Os mais tímidos, como eu, continuavam na sombra. Eu ainda fui às merdinhas das praxes algumas vezes para me tentar integrar. Saí de casa sem vontade nenhuma. E a gaja diz que não me esforcei. Sim, pois. Tipo, qual é o problema de uma pessoa detestar aqueles bares e preferir passar um serão no quentinho da casa? Parecia que, por aquela universidade, nunca tinha passado uma pessoa assim como eu; parecia que era tudo festeiro e assim. Tudo igual. Parecia que eu é que tinha um problema, porque não era como eles. E quando disse aos meus colegas que já não estava na praxe? Credo, ficou tudo com cara de tolo.
Tenho algumas memórias boas de lá, como é óbvio. Lembro-me de um jantar fixe com alguns colegas numa pizzaria mesmo boa. Até salvámos um cagarro nessa noite...eheh (vá, como não devem saber o que é um cagarro...é tipo uma gaivota. Google it). Lembro-me de parte de uma tarde numa esplanada no início das aulas, com a maioria da turma. E de um serão passado a jogar bowling, coisa que nunca tinha experimentado. Lembro-me também perfeitamente de passarmos a noite do bowling a cantar músicas da Disney e de outros desenhos animados. E dos jogos de cartas. Muitos jogos de cartas. Nos intervalos, nos furos, depois do almoço.
Mas não aguentei. Havia dias em que me sentia melhor, em que as conversas eram melhores, em que o ambiente era melhor, em que as aulas eram melhores. Mas a maioria dos dias era má. Só queria refugiar-me num canto e pedir que ninguém me chateasse.
Depois disto, comecei a preferir os meios grandes aos pequenos. Prefiro estar assim, num sítio em que ninguém me conhece, cheio de gente. Não gosto que seja tudo tão longe e tenha que apanhar transportes para ir a qualquer lado, nem dos condutores stressadíssimos nem de não ver o mar todos os dias. Mas claro que tudo tem os seus contras. E é por causa dos contras que, desde o ano passado, comecei a dar - e dou cada vez mais - valor ao sítio de onde vim.
Não me arrependo de ter feito o que fiz. Nem de ter estado naquele curso no ano passado. Foi algo que teve mais aspectos maus do que bons, mas foi uma experiência - melhor, uma má experiência. E, como tal, serviu para aprender qualquer coisa.